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Governador Flávio Dino diz não ser viável a volta as aulas presenciais no estado este ano

Ontem, sexta-feira (2), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCDoB), afirmou em entrevista coletiva que não é viável o retorno das aulas presenciais na rede estadual este ano. A maioria das famílias e dos profissionais de educação continuam inseguros e não desejam a retomada das aulas nesse momento.

O cenário para 2021, é recuperar a perda de conteúdo dos alunos da rede estadual, fazendo uma espécie de revisão para os estudantes do 9° ano do ensino fundamental das redes municipais e eventualmente das redes particulares.

Sobre o coronavírus, segundo o governador, o estado está há 105 dias consecutivos com taxa de contágio abaixo de 1 em relação ao vírus, trajetória declinante aos casos ativos, desde o ápice da pandemia no primeiro semestre deste ano.

No que se refere a óbitos, já algumas semanas o Maranhão permanece no patamar da estabilidade baixa, se mantendo na média móvel, porém continua a haver perdas.

De acordo com Flávio Dino, o governo vai disponibilizar a 2° fase do inquérito sorológico, realizado pela Secretária de Estado da Saúde (SES), para verificar a imunidade coletiva, que se dá quando grande parte da população já teve contato com o vírus e desenvolveu imunidade. Ou seja, criou uma barreira natural à propagação do vírus.

“Lembrando que o inquérito sociológico não é uma análise censitária, nós não testamos a população inteira. Infelizmente no Brasil não houve condições para isto e praticamente nenhum país do mundo conseguiu fazer por uma série de problemas, como deficiência de produção de testes”, explicou o governador.

Os dados do inquérito sorológico, segundo o governador, vão dar uma estimativa do quadro real do coronavírus no Maranhão, que é fundamental para definir a conduta do estado no primeiro semestre de 2021, no que se refere a prevenção e as medidas assistenciais.

Flávio Dino ressaltou que o inquérito será feito entre os dias 19 e 30 de outubro. Serão cinco mil pessoas testadas em 66 municípios.

“Nós estamos buscando condições de resistir a uma eventual ascensão de indicadores epidemiológicos, estamos trabalhando para que não ocorra, daí a necessidade da segunda fase do inquérito sociológico”, ressalta.

Sobre a produção de vacina contra o novo coronavírus, o governador apontou que só é possível ter no Brasil, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a técnica, de modo que não é possível nenhum estado brasileiro comprar vacinas que não existem ainda.

“É importante que nós não nos vinculemos as esperanças que ainda não são concretas, quando a vacina chegar, nós vamos saber qual vai ser a política federal para vacinação. E vamos adotar tudo que for necessário para ela chegar a população maranhense”, garante.
Ainda durante a coletiva, o governador destacou o desempenho dos postos de trabalho no Maranhão, entre os meses de janeiro e agosto de 2020, e ponderou o fato de que o estado está na terceira posição no que se refere ao saldo positivo de empregos no Brasil, mesmo diante do cenário da Covid-19.

Coronavírus no Maranhão

Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), divulgados nessa quinta-feira (1º), o Maranhão registrou 631 novos casos de infecção pela Covid-19 e 10 óbitos, sendo que apenas uma morte aconteceu nas últimas 24h, na cidade de Palmerândia. As demais foram em dias ou semanas anteriores e aguardavam resultado de exame laboratorial.

Desde o início da pandemia, o estado já registrou 174.195 casos do novo coronavírus e 3.766 mortes pela doença. O número de recuperados pela doença subiu e chegou a 165.576.

Dos novos casos registrados nessa quinta-feira, 101 foram na Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa), 42 em Imperatriz e 488 nos demais municípios do estado. O estado possui 4.853 casos ativos e 5.032 casos sob suspeita.

 

Do G1 Ma

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Elias Lacerda

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Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade