João Dória tenta encontro com Bolsonaro no Rio, mas presidenciável não quer envolvimento nas disputas estaduais
Bebianno negou que tenha havido alguma resistência de Bolsonaro em ir à casa de Marinho, onde gravaria o programa eleitoral a partir das 14h, por causa de Doria. Durante todo dia a equipe da produtora que faria o vídeo aguardou pelo candidato do PSL, mas ele não apareceu. Segundo o presidente do partido, ele estava “indisposto”, por isso, preferiu ficar em casa. “Não há resistência em apoio ao Doria. Existe uma posição estratégica de não se envolver em questões estaduais”, disse.
Doria é amigo do empresário Paulo Marinho, apoiador da campanha de Bolsonaro e suplente no mandato de senador Flávio Bolsonaro, filho do presidenciável. Segundo fontes, Marinho tentou ajudar na aproximação dos dois candidatos, o que teria gerado a indignação de Jair Bolsonaro, que, diante da presença do ex-prefeito no Rio, optou por ficar em casa.
Apesar do encontro entre os dois não ter acontecido, membros do partido se mostraram favoráveis à aliança. “João Doria tem uma posição muito mais à direita do que à esquerda. Isso é muito claro. Uma pessoa que toma posição. Ele é um homem firme. Nós admiramos”, disse Bebianno.
Também presente ao encontro na casa do empresário Marinho, o economista Paulo Guedes, cotado para o Ministério da Fazenda num eventual governo de Bolsonaro, manifestou apoio a Doria. “Gosto do Doria”. Ao ser questionado sobre os benefícios de um possível apoio do PSDB na campanha de Bolsonaro, respondeu: “que PSDB?”.
Agência Estado