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Jornalista é absolvido e mãe condenada a 19 anos de prisão domiciliar pela morte da filha advogada no Piauí

Após mais de 14 horas de julgamento, o jornalista João Paulo Mourão foi absolvido da acusação de ter matado a irmã, a advogada Izadora Mourão. Os membros do conselho de sentença entenderam que ele não teve participação no crime, que aconteceu em fevereiro do ano passado, em Pedro II, no interior do Piauí. (reveja o caso da morte da advogada clicando aqui). 

Foram quatro votos pela absolvição contra três pela condenação de João Paulo. A decisão dos jurados contrariou a tese do Ministério Público, que defende que o irmão também tem participação no crime. 

Já a mãe de Izadora, Maria Nerci, que assumiu a autoria do crime, foi condenada a 19 anos e 6 meses de prisão, por homicídio triplamente qualificado. 

A leitura da sentença aconteceu por volta das 23h, na 2ª Vara Criminal de Pedro II, em sessão presidida pelo juiz Diego Ricardo Melo de Almeida. 

O alvará de soltura de João Paulo Mourão deve ser cumprido nesta quinta-feira (17). Já Maria Nerci deverá cumprir a pena em prisão domiciliar, por causa da idade avançada. 

O promotor Márcio Carcará, que representou o Ministério Público no julgamento, informou que irá recorrer da absolvição de João Paulo e da pena dada a Maria Nerci. 

 O Julgamento 

Durante o julgamento Maria Nerci, de 71 anos, voltou a assumir a autoria do assassinato da filha, Izadora Mourão. Em seu depoimento, a aposentada disse que matou a filha enquanto ela dormia e negou a participação do filho, João Paulo, no assassinato. 

A versão dada por Maria Nerci é contestada pelo Ministério Público, que acredita que mãe e filho participaram ativamente do homicídio da advogada. Segundo o MP, a motivação do crime seria uma briga por uma herança avaliada em R$ 4 milhões. 

Durante sua fala no julgamento, João Paulo também voltou a negar participação no crime que ficou surpreso após descobrir o envolvimento da sua mãe e por ela ter colocado ele nessa situação. 

“Eu estou muito entristecido com o que a minha mãe fez, que acabou me prejudicando, que causa revolta, não só para os filhos da minha irmã, revolta nos parentes, em mim, que estou sofrendo absurdamente. Eu fiquei muito triste, o primeiro relato que ela me deu, eu acreditei na minha mãe, porque ela sempre falou a verdade para mim, e não tinha como eu duvidar”, afirmou.

 

Relembre o caso

A advogada Izadora Santos Mourão, de 41 anos, foi morta com golpes de faca no dia 13 de fevereiro de 2021, em Pedro II. O crime chocou o município e ganhou bastante repercussão em todo o Piauí. 

Inicialmente, a família apresentou a versão de que o crime teria sido cometido por uma mulher que foi até a residência onde Izadora estava para cobrar uma dívida. 

Dois dias após o crime, o irmão de Izadora, João Paulo Mourão, foi preso pelo DHPP acusado de ter participado do crime. 

 

Do cidadeverde.com

4 Comentários

    1. Foi absorvido pela a justiça dos homens! Mas é Jesus Cristo que julga os vivos e mortos.

  1. Foi absorvida pela justiça dos homens! Mas é Jesus Cristo que julga os vivos e mortos.

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Elias Lacerda

Elias Lacerda

Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade