Já em entrevista ao jornal O Imparcial, ele pontuou que agosto será o mês onde todos poderão respirar aliviados, pois é quando a pandemia chega ao fim.

Trechos do áudio pontuam que:

“[…] O que nós temos visto agora, é que terminados esses 60 dias de pandemia, nós vamos entrar nos 90 dias, e a curva desses 90 dias em todos os locais inicia com uma grande queda, vertiginosa queda!”, explica Dr. Calixto que pontua a importância de não baixar a guarda e seguir tomando todos os cuidados para evitar contaminação.

Ainda em tom otimista, ele diz que “essa guerra nós ganhamos, nós podemos até ter perdido algumas batalhas de extrema importância, mas a guerra nós estamos ganhando! Eu tenho certeza que até o dia 26 junho, quando vamos terminar o quarto mês, nós vamos colocar a primeira pedra nesse horror que foi nossas vidas nesses quatro meses de 2020”.

A informação vinda de um profissional de saúde, foi recebida com bons olhos por muitas pessoas, que encontraram alívio em meio à crise causada pela pandemia e que deixa em todos a incerteza de quando tudo isso deve passar e se a sociedade vai poder voltar ao normal.

O médico urologista José Calixto é professor no Hospital Universitário Presidente Dutra há 26 anos e atua também em um hospital particular de São Luís, além de ser voluntário do aplicativo UNEVE, onde tem feito atendimento médico online e gratuito nesse período de pandemia.  Ele explicou que fez a afirmação baseada em fontes e dados, com a intenção de acalmar moradores do prédio onde mora e levar calma principalmente entre os idosos.

Dr. Calixto perdeu a sogra, vítima do novo coronavírus, no dia 2 de maio. Ele informou que tem prestado apoio à comunidade, com informações, receitas e atendimentos, uma procura que segundo a própria experiência tem caído muito nos últimos dias, além de haver menos sobrecarga em leitos do hospital particular onde trabalha e no Hospital Universitário, o que também o leva a acreditar que o pior já passou. Ele explicou ainda, que agosto poderá ser o mês em que finalmente os maranhenses poderão ver a conclusão desse período de pandemia.

“A tempestade está passando, ainda não passou, nós ainda não podemos baixar a guarda, não podemos nos reunir em ambientes fechados ainda, nesse mês junho todo e mês de julho inteiro. Nós temos que ter a consciência que essa tempestade, esse furacão, demora seis meses pra passar, não seu eu que estou dizendo, Wuhan está assim, Itália está assim, Estados Unidos está assim, Espanha está assim. Nos primeiros três meses é o horror, nos primeiros 60 dias o mundo inteiro atingiu o pico, aí você caminha para os 90 dias, para terminar com esse pico estabilizado em queda livre. […] Eu pessoalmente acredito que essa pandemia vai estar muito mais calma no final de seis meses. Eu vislumbro 26 de agosto, para nós concluirmos o mês e entrar em setembro já com a lembrança desses primeiros três meses fortes. Lógico, muita gente ainda vai morrer, muita gente ainda vai adoecer, mas o que não se pode é viver no desespero, sem uma análise de dados concreta e sem abrir os olhos e as janelas para olhar pro lado, países da Europa, América do Norte, da África, passando pela pandemia”

enfatiza.

A divulgação feita pelo urologista, vai ao encontro ao que expôs um estudo publicado no fim de abril pela Universidade de Tecnologia e Design de Singapura (SUTD), que mostra que no Brasil a previsão é de que a pandemia caminhe para o fim entre o dia 6 de junho até o dia 6 de setembro, quando a porcentagem de eliminação do vírus vai chegar aos tão esperado 100% .

Estudo da Universidade de Tecnologia e Design de Singapura (SUTD),

A pesquisa analisou informações que estimam curvas de ciclo de vida pandêmicas, além de cálculos matemáticos que combinam o crescimento da população, número de pessoas infectadas nos países estudados e dados de um sistema de “monitoramento preditivo”, usando códigos e informações do Our World in Data – site que traz atualização de casos diariamente -, para tentar prevê o fim da pandemia.

O Maranhão já soma um total de 22.786 mil pacientes infectados pelo novo coronavírus, 784 mortes e 5.271 pessoas curadas pela doença. Os dados são do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Sobre os pós pandemia o médico urologista conclui que será necessária uma ampla discussão, que seja focada em todos os âmbitos da saúde pública, mas principalmente na atenção básica.

“Nós vamos ter que fazer uma grande discussão nacional e estadual sobre saúde pública, temos que ter bandeiras independentes, saúde, educação e segurança. Mas politicamente falando acho que os próximos vereadores, deputados estaduais, federais e senadores, vamos ter que ter com a sociedade civil uma grande discussão sobre saúde pública e atenção básica pra mim é carro-chefe, é você ter um apoio uma palavra, um acompanhamento, uma consulta e medicamentos para cuidar dessa atenção básica”, enfatiza Dr. Calixto.

 

De o Imparcial