Mulher diz ter visto Lázaro em região de chácaras no Goiás; Policiais foram para o local
Por volta das 15h, dezenas de viaturas, dois helicópteros e o secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, seguiram para a região
A força-tarefa montou uma barreira a cerca de 5 quilômetros de onde as buscas se concentravam, com o objetivo de impedir a passagem de moradores e jornalistas.
16 dias de buscas
Desde o dia 9 de junho, quando o psicopata matou uma família inteira no Incra 9, em Ceilândia, muitas denúncias falsas chegam à base de operações, o que acaba atrapalhando as investigações.
Ao empreender uma fuga cinematográfica, Lázaro espalha o terror por onde passa, fazendo reféns e invadindo propriedade rurais. Integrantes de uma família que sobreviveu após cruzar o caminho do psicopata guardam recordações macabras sobre os momentos vividos durante as quatro horas em que eles ficaram sob a mira de um revólver. No assalto ocorrido no dia seguinte à chacina da família Vidal, em 10 de junho, também no Incra 9, o casal e o filho ficaram reféns do maníaco.
Um fato chamou a atenção das vítimas. Lázaro usou o celular da refém para se passar por ela e, assim, não chamar a atenção de amigos e parentes. O Metrópoles teve acesso ao print da conversa travada entre o maníaco e o ex-marido da vítima. Em entrevista, a mulher contou à reportagem que, enquanto o assassino revirava a casa em busca de comida, roupas e dinheiro, o celular não parava de apitar.
Veja conversa em que Lázaro usou o WhatsApp da vítima e se passou por ela:
Cigarros de maconha
Durante o tempo que manteve a família refém, Lázaro afirmou que nem sempre foi criminoso, costumava frequentar a igreja e se considerava evangélico. “Ele relatou que, inclusive, tocava guitarra e baixo na igreja. Ele ficou extremamente nervoso quando disse que a Justiça ameaçava tirar a guarda da filha que estava sob os cuidados de sua companheira”, contou a vítima.
O psicopata garantiu às vítimas que, caso a filha dele ficasse sob a tutela do Estado, ele “mataria mais que corona”, fazendo alusão aos óbitos registrados durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus. Lázaro chegou a comentar sobre sua infância na Bahia. Durante a conversa, obrigou o casal a fumar dois cigarros de maconha.
Imagens da operação
Além de ser suspeito de matar uma família no DF, o criminoso é acusado de balear quatro pessoas, entre elas um policial, e cometer uma série de assaltos com reféns durante a sua fuga em Goiás.