Secretário aponta policial militar como autor da morte do delator do PCC ; Saiba quem é ele

Águas de Timon - Novembro/2024

 

O PM Dênis Martins (na foto acima) tem um salário na corporação de R$ 6.252,86, segundo o portal da transparência do estado.

Dênis Antonio Martins (foto acima), de 40 anos, é o policial militar apontado por Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo, como o autor dos disparos que mataram Vinícius Gritzbach. O cabo foi preso nesta quinta (16/1) durante a operação da Corregedoria da Polícia Militar.

  • Dênis foi enquadrado em prisão temporária pelo artigo 150 do Código de Conduta Militar — crime para a prática de violência antecedente à morte de Gritzbach. Segundo o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, o suspeito de matar Gritzbach deverá ter o material genético coletado para confirmação do envolvimento no homicídio.
  • “Com a prisão temporária do indivíduo apontado como atirador, vão coletar o material genético dele para ser comparado com o material coletado no dia do crime. Tudo nos leva a crer que será positivo e a prisão temporária será convertida em prisão preventiva”, disse Derrite em coletiva de imprensa.
  • Dênis não fazia parte da escolta de Vinícius Gritzbach e teria executado o crime com a ajuda de um comparsa, que também seria policial militar. O segundo suspeito já foi identificado após o início das investigações.

O que se sabe até o momento:

  • Quinze investigados na operação foram presos na manhã desta quinta-feira, incluindo o policial militar que executou Gritzbach a mando do PCC;
  • Foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão em endereços na capital e na Grande São Paulo;
  • Apurou-se que policiais militares prestavam escolta privada a Gritzbach, apesar de seu histórico criminal. As investigações apontaram que tais ações caracterizavam a integração de policiais à organização criminosa, conforme previsto na Lei Federal nº 12.850/13;
  • A reportagem apurou que, além dos policiais que faziam a escolta de Gritzbach, um PM atirador é alvo da operação;
  • A Operação Prodotes teve início após uma denúncia anônima recebida em março de 2024, apontando possíveis vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados ao PCC;
  • A investigação inicial, conduzida pela Corregedoria, evoluiu para um Inquérito Policial Militar instaurado em outubro de 2024. Apurou-se que informações estratégicas vazadas por policiais militares, incluindo da ativa, da reserva e ex-integrantes da instituição, permitiam que membros da organização criminosa evitassem prisões e prejuízos financeiros;
  • Entre os principais beneficiados pelo esquema, estavam líderes e integrantes da facção criminosa PCC, alguns já falecidos, outros procurados, como Marcos Roberto de Almeida, conhecido como “Tuta”, e Silvio Luiz Ferreira, apelidado de “Cebola”;
  • A operação conta com a colaboração da força-tarefa instituída pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), que busca identificar outros envolvidos e eventuais mandantes do crime;
  • “A Polícia Militar reitera seu compromisso com a ética e a legalidade, combatendo com rigor qualquer desvio de conduta que comprometa a confiança da sociedade”, diz nota enviada ao Metrópoles.

 

Guilherme Derrite- Secretário de Segurança Pública de São Paulo

 

Caso Gritzbach

Vinícius Gritzbach, de 38 anos, foi executado no dia 8 de novembro de 2024, na frente de sua namorada e de dezenas de testemunhas na área de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. Foram disparados, ao todo, 29 tiros de fuzil.

Ele era jurado de morte pelo PCC e acabava de retornar de uma viagem ao Nordeste, onde permaneceu sete dias com a namorada e seguranças particulares, entre eles um policial militar.

Elias Lacerda

Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade

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