ICRIM e IML de Timon paralisaram as atividades em protesto nacional contra a Reforma Administrativa
Em campanha para pressionar o governo federal e o Congresso, servidores de forças de segurança de todo o Brasil se mobilizaram para promover nesta segunda-feira (22/3) um “lockdown” de protesto. Sindicatos e entidades que representam esses servidores pediram que eles deixem seus postos de trabalho das 15h às 16h, e protestem na frente aos prédios onde estão lotados.
Em Timon o movimento ganhou apoio dos servidores peritos do ICRIM e IML, como mostra a foto logo acima.
Militares, por lei, não podem se unir – pelo menos oficialmente – ao movimento.
Os sindicalistas reclamam da Reforma Administrativa que tramita na Câmara e reduz direitos dos servidores que entrarem após a aprovação da legislação.
“A proposta prevê, entre outros pontos, diversos prejuízos e riscos para as carreiras da segurança pública, como o fim da estabilidade, a adoção do vínculo de experiência e a possibilidade de criação e extinção de cargos de chefia por decreto”, argumenta a União dos Policiais do Brasil (UPB), em comunicado que circulou entre policiais nos últimos dias.
A UPB une mais de 20 entidades representativas de carreiras da segurança pública no Brasil inteiro. Nas últimas semanas, a entidade tem promovido protestos e carreatas contra a Reforma Administrativa. Até o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), apoiado por parte do segmento, tem sido considerado traidor pelos manifestantes.
Ameaça de greve
A ideia até a semana passada era promover um “lockdown” mais longo, das 13h às 23h. Os servidores estavam indignados com a aprovação da PEC Emergencial, que congelou salários dos servidores públicos em alguns cenários fiscais que podem ocorrer nos próximos anos. Optou-se, porém, por uma paralisação menor, mas com a ameaça de uma grande greve mantida no horizonte.
Para Jacinto Teles, presidente da Associação dos Policiais Penais do Brasil, foi o próprio governo que impôs esse lockdown na segurança pública, quando aprovou a PEC Emergencial, que segundo ele, “de emergencial não tem nada”, porque “tira e arrocha os salários dos servidores públicos”.
O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e Tribunal de Contas da União (Sindilegis), Alison Souza, alertou para o caos que a paralisação pode causar.
“Daqui a pouco, servidores de outras áreas podem seguir o mesmo caminho. Imagina o caos que isso pode gerar em setores como a segurança pública, a saúde, a educação? Este é o pior momento para discutir uma proposta como a PEC 32 [reforma administrativa], que promove o desmonte do serviço público e trata de maneira injusta servidores essenciais para o desenvolvimento do país”, destaca.
No Maranhão
A paralisação também ocorreu em São Luís estende-se para regionais de Timon e Imperatriz , tanto policiais quanto entidades se movimentaram para que seja cumprido todos os protocolos adotados pela OMS de distanciamento.
Para Caroline Noleto, presidente da APOTEC – Ma, o diálogo teria que ser em um outro momento pois existe uma pressão com a pandemia .
“A pandemia não é o melhor momento para votar assuntos que precisariam ser amplamente discutidos. A redação da PEC 32/2020 poderá trazer muitos prejuízos aos servidores públicos e nós devemos ter nossos direitos garantidos.”
O movimento ocorrerá de forma pacífica , porém cada policial irá fazer a paralisação no seu local de serviço assim evitando aglomeração, a partir das 15 horas .
Do blog do John Ribeiro