Policial

A mulher policial que matou assaltante na porta de escola, pode ser candidata a deputada federal

A policial militar Kátia da Silva Sastre pode ser candidata a deputada federal ou estadual pelo estado de São Paulo, nas eleições deste ano. Ela ficou conhecida nacionalmente após matar um assaltante na calçada da escola das filhas, na cidade paulista de Suzano, no último dia 12 de maio

(FOTO: Reprodução/Internet)
A policial militar Kátia da Silva Sastre pode ser candidata a deputada federal pelo estado de São Paulo nas eleições deste ano. Ela ficou conhecida nacionalmente após impedir um assalto na calçada da escola das filhas, na cidade paulista de Suzano, no último dia 12 de maio. Ela atirou e matou um homem que tentou cometer o crime.
Dois partidos convidaram Kátia a filiar-se: o Partido da República (PR), do deputado federal Tiririca, e o Partido da Social Liberal (PSL), do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro. A intenção do PR é que Kátia seja candidata a deputada federal, para formar uma bancada forte da legenda em Brasília. Já o PSL cogita uma candidatura da PM a deputada estadual por São Paulo, cargo que atualmente não é ocupado por nenhum membro do partido.
Mesmo sem saber ainda por qual sigla se canditará, Katia tem certeza de quem estará ao seu lado: Deus. “Se eu realmente me candidatar, Ele tem a ver com isso.” E reforça: “Não esqueça de colocar que tudo isso é a mão de Deus, é pela honra de Deus”, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
No último dia 29, ela se encontrou com membros do PR em Brasília. Entre eles estavam os deputados Tiririca (SP) e Soraya Santos (RJ), além do ex-presidente do partido e condenado perdoado pelo STF no processo do mensalão Valdemar Costa Neto (SP).
De acordo com o Estadão, a expectativa do PR é de que Kátia conseguiria cerca de 500 mil votos. Essa quantidade ajudaria o partido a eleger outros membros na Câmara, devido ao quociente eleitoral. O POVO Online entrou em contato com o PR em São Paulo e Brasília para confirmar as informações. O partido informou que “em respeito ao espírito da legislação, a direção do PR não faz comentários sobre candidatura antes de sua respectiva homologação”.
Um dia após a tentativa de assalto, o governador de São Paulo, Márcio França (PSB) homenageou a policial pela sua “coragem e precisão” que “salvaram mães e crianças”.
Legendas
O PR foi fundado em 2006 e é resultado da união entre o Partido Liberal (PL) e o Partido da Reedificação da Ordem Nacional (Prona), ao qual foi filiado o ex-candidato à Presidência Enéas Carneiro, falecido em 2007.
O PSL foi fundado em 1994 e tem como um de seus compromissos a “proposição de mudanças legislativas e implementação de políticas que visem minimizar os índices crescentes de violência e homicídios no País, reduzindo-os substancialmente no mais curto espaço de tempo possível”.
Regras
O prazo para filiação partidária para quem quer se candidatar nas eleições gerais deste ano foi encerrado no último dia 7 de abril. No entanto, o processo de candidatura de pessoas que ocupam cargos públicos, como o de policial militar, é diferente.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), militares da ativa que não detenham cargo no alto comando da corporação e com mais de dez anos de serviço, caso de Kátia, devem ser escolhidos em convenções partidárias.
As convenções partidárias que decidem os candidatos dos partidos para a eleição deste ano devem ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto.

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Elias Lacerda

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Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade