DestaquesPolicial

Assista: Família divulga vídeo em que policial de Timon mata PM do Piauí em Teresina

Hoje completa dois anos do assassinato do policial militar do Piauí, Samuel de Sousa Borges, em Teresina. O vídeo exclusivo do momento dos disparos de arma de fogo que matou o policial foi divulgado, nesta segunda-feira (1), pelos familiares, como forma de pedir por justiça. Até agora, o julgamento do autor do crime, o policial militar do Maranhão que era lotado em Timon, Francisco Ribeiro dos Santos Filho, não ocorreu. A família de Samuel fala da saudade e do sentimento de indignação pela lentidão do processo.

O vídeo gravado por Samuel e divulgado pela família faz parte do inquérito como prova do crime. “É um vídeo com cenas muito fortes. Eu não gosto nem de ver porque não consigo imaginar o meu esposo, nesse momento que passou, na frente do meu filho. Meu esposo estava levando o meu filho para a escola, como sempre fazia. A gente decidiu postar hoje para que a justiça seja feita, o mais rápido possível. Faz dois anos que o meu esposo partiu. A dor de perder um ente querido, a dor da injustiça, até agora nada feito. É difícil, muito difícil”, comenta a viúva de Samuel, Jaysse Borges em entrevista à TV Cidade Verde.

Na entrevista, emocionada, Jaysse Borges fala sobre a dor de perder o marido e da injustiça vivida há dois anos. Ela questiona a lentidão no processo judicial que não realiza o julgamento do acusado. Atualmente, o PM do Maranhão está preso por outros crimes, incluindo homicídios. A atual prisão não está relacionada ao homicídio de Samuel, por esse crime Francisco Ribeiro responde em liberdade.

“Meu filho está sem o pai dele dentro de casa. São muitas lembranças.  É mesmo para cobrar da Justiça, que a justiça seja feita no caso do meu marido. É isso que eu peço diante das autoridades: o que está acontecendo? Já são dois anos e nada! Esse meliante ainda está na Policia Militar do Maranhão, recebendo dinheiro, o salário dele; ele tirou a vida do meu esposo, isso não está certo”, declara.

Veja o vídeo:

A mãe de Samuel Borges, Isabel Borges, fala que as palavras para esses dois anos da morte do filho são “indignação e saudade”. A mãe conta que acredita no reencontro com o filho.

“Eu creio que um dia nós iremos nos reencontrar. Essa Justiça aqui é falha, mas a do Homem é justa. Vê essa filmagem, voltar ao ano de 2019 é doloroso. Saber que uma pessoa cheia de guarra, que como ele era. Eu queria aqui, diante de tudo, cobrar celeridade dos processos administrativos que ele está enfrentando, esse rapaz chamado Francisco Ribeiro dos Santos Filho. Uma pessoa muito difícil de estar na sociedade”, diz a mãe, também em entrevista à TV Cidade Verde.

A TV Cidade Verde tentou contato com a Defesa de Francisco Ribeiro dos Santos Filho, mas não conseguiu contato. O espaço está aberto.

O espaço também está aberto para posicionamento do Tribunal de Justiça do Piauí.

Morte Samuel

O cabo da Polícia Militar do Piauí, Samuel de Sousa Borges, 30 anos, levou três tiros e morreu durante uma discussão com outro policial na zona Leste de Teresina, no dia 1º de fevereiro de 2019.

O autor dos tiros é um policial do Maranhão identificado como Francisco Ribeiro dos Santos Filho. Ele foi detido por testemunhas que passavam pelo local.

Samuel estava com o filho na garupa da moto quando a discussão começou. A criança presenciou a morte do pai.

Foto: arquivo/Cidadeverde.com

Outros casos

O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Teresina remeteu o mandado de prisão contra o soldado Francisco Ribeiro dos Santos Filho, da Polícia Militar do Maranhão, por um assassinato ocorrido dia 16 de agosto de 2018 no bairro Pedra Mole, zona Leste de Teresina. Ribeiro já responde pelo homicídio do cabo Samuel Borges. Ele esta recolhido em um presídio militar.

Foto:arquivo/Cidadeverde.com

 

2 Comentários

  1. O cara provocou tbm …se já tinha falado q era polícia , pq não deixou o PM de mão e ir embora.

  2. O PM do Piauí estava em seu direito legal. O PM do Maranhão segundo informações da polícia já havia cometido outros crimes com a arma. Veja o linguajar do policial assino com um colega de farda, linguajar de bandido. Matou por perversidade. Espero que seja expulso conforme os transmite da lei e julgado pelo Ministério Público com todos os rigores da lei. A PM do Maranhão não merece ter em seus quadros homens com tal comportamento. E o pior o filho da vítima assistindo todo o desenrolar da cena.

Deixe um comentário para Augusto Cancelar resposta

Elias Lacerda

Elias Lacerda

Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade