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Com vídeo: quase 20 anos depois ciganos vão a júri popular por crime no Ceará

Caso dos ciganos homicidas teve grande repercussão na época sendo, inclusive, destaque em matéria do extinto programa Linha Direta, da Rede Globo de Televisão, que tentou ajudar a localizar os acusados.

Veja vídeo abaixo do programa:

ciganos
No dia em que foram localizados, ‘Alfredo Cigano’ e ‘Gleyssinho’ disseram não esperar mais por uma incursão policial. Eles teriam confessado a duas mortes

Três ciganos de uma mesma família devem ser submetidos a júri popular, por um duplo homicídio, cometido há 18 anos, no Município de Itapajé, a 120Km de Fortaleza. A determinação foi expedida pela juíza Juliana Porto Sales, e divulgada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), na sexta-feira (14).

O crime levou 17 anos para ser solucionado. Somente em novembro de 2017, a Polícia Civil conseguiu chegar a Francisco Augusto da Costa, o ‘Alfredo Cigano’; Francisco Gleyson Costa, conhecido como ‘Gleyssinho’; e Maria Ziulan da Costa. O trio foi preso, no Distrito de Anajá, na Zona Rural de Canindé, durante diligências da ‘Operação Contra o Tempo’. O nome da ofensiva fazia menção ao pouco tempo que restava aos investigadores para elucidarem o crime, que prescreveria em três anos.

No dia em que foram localizados, os ciganos disseram não esperar mais por uma incursão policial. Eles teriam confessado a duas mortes, e entregaram uma arma municiada, que mantinham no local onde moravam.

Um homem identificado como José Gomes da Costa, o ‘Flávio Cigano’ era a única pessoa que havia sido presa pelo crime, no ano 2000. Ele foi julgado no ano de 2017, e condenado a 23 anos de reclusão.

Conforme a determinação da juíza titular da 1ª Vara da Comarca de Itapajé, “diante da prova da materialidade do crime e indícios de autoria, deve a denúncia ser admitida e, por conseguinte, os réus pronunciados”.

Duplo homicídio

O trio é acusado de participar dos assassinatos de Carlos César Barroso Magalhães e de José Wilson Barroso Forte Júnior. Uma terceira vítima, identificada como Maxwell Magalhães Caetano foi ferida, mas sobreviveu.

A denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) aponta que os assassinatos aconteceram por causa de uma briga, motivada por um fato banal. A namorada de Carlos César teria sentado no capô de um veículo da família de ciganos, o que teria irritado os acusados.

O Tribunal informou que em juízo todos negaram a autoria dos crimes. A defesa dos capturados alegou que as testemunhas ouvidas não foram conclusivas, e houve contradição nos depoimentos. Por isso, foi pedida absolvição do trio.

Porém, ao analisar a prova dos autos, a juíza pronunciou os réus e determinou que eles fossem a júri popular. “Estou convencida da existência de indícios suficientes de autoria e/ou participação dos denunciados a permitir o prosseguimento da acusação contra os réus, considerando o conjunto probatório dos autos”, disse Juliana Porto Sales, na decisão proferida, no último dia 4 de setembro.

Com informações do Diário do Nordeste

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Elias Lacerda

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Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade