Policial

Empresário de Teresina alvo de operação está foragido : Ele atua no ramo de venda de veículos

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O Ministério Público do Estado do Maranhão, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), deflagrou nesta quinta-feira (2) a “Operação Barão Vermelho” com a prisão de um empresário do ramo da construção civil, e o cumprimento de 15 mandados de prisão no Piauí e no Maranhão. Um empresário que tem revendedoras de veículos está foragido. Um homem considerado um soldado do crime foi preso com armas de fogo, entre elas um submetralhadora, em um apartamento na zona leste de Teresina. A operação é uma continuidade da Operação Mormaço realizada em 2021.

A operação foi realizada com a finalidade de desarticular um grupo criminoso que atua nos estados do Maranhão e Piauí, envolvido nas práticas criminosas diversas, tais como a lavagem de capitais, narcotráfico, aquisição irregular de armas de fogo, falsidade ideológica, dentre outros delitos.

Os alvos eram dois empresários, um possui empresas que vendem materiais de construção e foi preso na cidade de Teresina, e o outro tem empresas de revenda de veículos que está foragido. Segundo o Gaeco, os dois empresários são envolvidos em vários crimes e as empresas eram usadas principalmente para a lavagem de dinheiro proveniente do crime de tráfico de drogas.

O promotor Thales Cunha, de Caxias no Maranhão, afirmou que as atividades criminosas aconteciam principalmente em Timon, e  que a organização criminosa era envolvida em vários crimes.

Segundo o Gaeco, o empresário que está foragido tem revendedoras de veículos, e uma das práticas criminosas que estaria envoldido, consistia em receber veículos roubados, fazer adulteração de placas e dos documentos, e depois revendia como se fosse um veículo dentro da lei.

“São duas pessoas que se descobriu que lideravam, e tinham participação muito forte na organização criminosa ligada ao tráfico de drogas, de armas, adulteração de veículos e documentos, entre outras coisas. Eles faziam lavagem de capitais através dessas empresas, com veículos e materiais de construção, e ganhavam dinheiro com adulteração de placas, para que eles pudessem circular como se estivessem regularizados, também legalizar armas. É bem complexo, uma série de crimes e faziam de diversas formas. Inclusive apreendemos veículos que vão passar por perícia”, explicou o promotor Thales Cunha.

A investigação continua contra a organização criminosa. Foram apreendidos seis veículos de luxo e realizado o bloqueio de R$ 9 milhões dos envolvidos. Os nomes dos empresários envolvidos não foram divulgados pelo Gaeco. Entre os mandados, dois foram cumpridos em empresas que funcionam na Avenida Barão de Gurguéia, na zona Sul de Teresina.

Soldado do crime preso em apartamento

O promotor Fábio Oliveira, de Imperatriz no Maranhão, participou do cumprimento de um mandado de busca e apreensão em um apartamento que seria do empresário que está foragido. No local foi preso um homem identificado como Felipe Nascimento dos Santos.

Segundo o promotor, o homem seria responsável pela segurança da residência do empresário que está foragido.

“Tudo demonstrava pela forma que ele foi preso,que ele era um soldado do crime dessa organização criminosa. Ele responde a quatro processos, tinha inclusive tatuagem de palhaço que normalmente é usado por quem diz que mata policiais, e ele mesmo confirmou que recebia R$ 1.500 para tomar conta da casa onde ele estava. Ele recebia isso para fazer a segurança, ele tinha um veículo a sua disposição. Em dinheiro foram encontrados mil reais em cédulas novas”, disse o promotor.

 Arma escondida em colchão

Na residência ainda foram encontradas quatro armas, sendo uma submetralhadora, duas pistolas de utilização policial, com munição .40 e de ponta oca que é de uso restrito da polícia, além de um revólver.

“A munição que ele tinha era com o objetivo de realmente eliminar o alvo. Uma das pistolas estava em um nível tático para quando a pessoa precisasse fugir, se precisasse correr para o quarto , tinha um local secreto no colchão, onde cortou e deixou de prontidão para a arma ser usada”, disse o promotor Fábio Oliveira.

Ele informou que no local ainda foi encontrado um caderno com várias anotações relacionadas o grupo criminoso, com prestação de contas do que ele supostamente fazia e sobre a quantidade de drogas e para quem revendia.

Apesar da quantidade de armas, ele não reagiu a abordagem policial após ação do Bope que entrou na residência

A operação foi cumprida pelo Gaeco do Maranhão por meio dos núcleos de São Luís, Timon e  Imperatriz, com a participação de promotores de justiça de Timon e de Caxias, e também conta com o apoio dos promotores de justiça do Gaeco-PI e de outras forças de segurança como o Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Maranhão e do Piauí, Tropa de Choque e Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) do Maranhão.

Do cidaeeverde.com

2 Comentários

    1. Isso!!
      Se fosse um “qualquer”, o nome e a cara já tava escancarado em td quanto é canto.

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Elias Lacerda

Elias Lacerda

Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade