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Juíza revoga liberdade provisória e decreta a prisão do policial militar que atirou em cantor numa padaria de Teresina

Reveja o vídeo novamente acima com a confusão que resultou no disparo do policial no cantor Saulo Dugado.

No dia seguinte ao episódio, o policial voltou a panificadora Ideal e funcionários da padaria tiraram fotos com ele em apoio a sua atitude(veja a foto acima).

A juíza Valdenia Moura Marques, da 9ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, revogou a liberdade provisória do policial Wanderley Rodrigues da Silva, que atirou na semana passada no cantor Saulo Dugado, após uma confusão na padaria Ideal, na zona Leste de Teresina. A magistrada ainda decretou a prisão preventiva do PM, atendendo a um pedido do Ministério Público.

Em liberdade desde 17 de abril, a juíza acatou o argumento do Ministério Público de que o policial descumpriu uma das medidas impostas pela própria magistrada, para que ele respondesse solto ao processo sobre o suposto desvio de parte do dinheiro apreendido de um assalto ao Banco do Nordeste em dezembro do ano passado.

O PM estava proibido de mudar de residência sem avisar à Justiça, andar armado, salvo se estiver de serviço, ingerir bebidas alcoólicas e de se envolver em qualquer delito.

O advogado Pitágoras Veloso, que defende o policial, disse no dia da confusão que o policial não agiu com excesso pois os tiros disparados foram de emergência e contenção. “Ele foi tomar café e se deparou com aquela cena, aquele cidadão colocando aquela senhora no patamar mais baixo que poderia colocar uma mulher. Ele cometeu um verdadeiro feminicídio. Ele pediu que ele respeitasse e pelo contrário para o cidadão não foi suficiente e aí que ele passou a ser mais agressivo. Ele disser você só é homem porquê está armado. Qual o homem resistiria a uma provocação dessas?”, questiona o advogado.

“Um dos tiros, o policial deu por emergência  tanto é que não feriu e o segundo foi para tentar conter ele. Ele é um policial militar da Força Tática e se quisesse matar teria atirado no coração dele. Deu onde? Abaixo do joelho para não ofender os movimentos dele, apenas no objetivo de parar a violência daquele homem. Quem dá um tiro na perna abaixo do joelho só quer se defender”, acrescentou o advogado.

O advogado que defende  Saulo Dugado, Djalma Filho, disse que todos os limites foram ultrapassados, do seu cliente, do policial (o cabo Wanderley Silva) e dos funcionários do local.

“Ninguém venha me dizer que o Saulo está absolutamente correto na forma de agir, deveria respeitar os outros. Mas, se eu sou gerente de um estabelecimento eu tenho que tentar resolver a situação. Mas, ele estava preocupado em salvar a cadeira ao invés de salvaguardar os clientes. Desde o início se faltou material na mesa, não sei exatamente o que: se palito, guardanapo, o cliente acionou a funcionária, mesmo de forma alterada, ele deveria apaziguar a questão, já que tem a máxima do cliente ter sempre razão, então ele deveria ter tentado encerrar a situação por ali. Mas, chegou o policial que deveria ter se identificado como tal, mostrando que o cliente deveria se retirar, se conter ou a polícia iria ser acionada e não gritar de longe: tu quer tomar um tiro? Isso não é forma de policial agir com atitude agressiva e perigosa”, argumenta o advogado Djalma Filho.

O PM estava lotado no 17º Batalhão da Polícia Militar.

(cidadeverde.com)

3 Comentários

  1. Ele fez mais do que o correto. Pena que esse cantor tem dinheiro. Diferente do Evandro Costa, o qual só está vendo algum resultado, mesmo que lento, pela grande repercussão que teve o caso de sua filhinha. É brincadeira. É Brasil. É lamentável.

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Elias Lacerda

Elias Lacerda

Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade