Policial

Preso no Rio miliciano que monitora rivais que seriam assassinados

Jhon Jhon foi preso numa casa em Campo Grande Foto: Reprodução

Preso no último sábado (24) quando preparava uma festa de natal para família, em Campo Grande, na Zona Oeste Rio, Jhony Alexandre de Souza Silva, o Jhon Jhon (na foto acima), conquistou a confiança de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da maior milícia da Zona Oeste do Rio, quando era o encarregado de levantar e de monitorar os passos de integrantes de grupos paramilitares rivais que deveriam ser assassinados. A informação sobre o monitoramento de inimigos consta em um relatório produzido por promotores do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), responsáveis por acompanhar inquéritos sobre milícias que atuam no Rio de Janeiro.

Pistola, carregadores e telefones foram apreendidos Foto: Reprodução

O documento não esclarece um número exato de mortes que o suspeito teria paticipado , mas diz que Jhony estaria envolvido numa série de assassinatos. Na época, ela era subordinado no grupo paramilitar a Rodrigo dos Santos, o Latrel. Este último foi o principal braço armado de Zinho até ser capturado pela polícia, em março último, em São Paulo. Após o episódio, Jhon Jhon passou a ser um dos homens encarregados de substituir Latrel e de liderar ações de disputas de territórios contra milicianos rivais do grupo chefiado por Danilo Dias Lima, o Danilo Tandera. Havia pelo três mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em nome de Jhony Alexandre. Ele foi preso, neste sábado, numa casa em Paciência, numa operação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Draco-IE). A ação contou com apoio de homens da Subsecretária de Inteligência da Polícia Civil, da Coordenaria de Recursos Especiais e ainda com a participação de um helicóptero.

Um helicóptero também foi usado na ação que resultou na prisão do suspeito Foto: Reprodução

Denunciado pelo MPRJ, ele é acusado de crimes de homicídio, extorsão e de organização criminosa, e também era caçado pela Polícia Federal. No dia 5 de julho último, por exemplo, agentes da PF localizaram um veículo que costumava ser utilizado pelo miliciano. Dentro do carro, os policiais encontraram, entre outras coisas, munição para fuzil e pistola, carregadores, além de coletes balísticos e camisas com inscrições da Polícia Civil.

Segundo a polícia, o grupo paramilitar integrado por jhon Jhon é investigado por uma série de crimes como parcelamento irregular de solo urbano para fins de construção civil, extorsões a moradores e comerciantes da região. A mesma milícia também é investigada por dezenas de homicídios, além de exploração irregular da venda de água, de gás, e da comercialização de sinais clandestinos de internet e de tv a cabo.

 

 

Do jornal Extra

Faça um Comentário

Elias Lacerda

Elias Lacerda

Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade