Ministro da educação defende o fim do ensino noturno no Brasil
O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), defendeu o fim do ensino noturno no Brasil. Em entrevista à Rádio Jornal, na manhã de ontem, 26, ele afirmou que a luta é para que os jovens concluam o ensino médio aos 17 anos e não tenham que trabalhar durante o dia e estudar à noite.
“Quando o jovem vai para uma educação noturna ele acumulou deficiências ao longo da vida. Então temos que acabar com a repetência para que ele não acumule defasagem e conclua o ensino médio como a grande maioria, aos 17 anos, e não tenha que se dirigir ao mercado de trabalho”, disse Mendonça Filho.
O ministro ressaltou que o ensino noturno será mantido no País, mesmo assim, pois muitos jovens ainda necessitam conciliar os estudos com o trabalho.
Na entrevista, ele falou ainda sobre a Medida Provisória 746, de Reforma do Ensino Médio, e se mostrou otimista ao afirmar que a proposta vai “passar com folga no Senado”.
Parecer da PGR
Mendonça Filho comentou também o parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) alegando inconstitucionalidade da MP 746. Para o procurador, a proposta “não apresenta os requisitos de relevância e urgência” e “conduziria a severos prejuízos pedagógicos e pessoais para toda a comunidade”. Janot destacou que o próprio MEC reconhece “a complexidade do projeto e a necessidade de participação democrática e amadurecimento”.
Mendonça disse que o procurador-geral está “totalmente equivocado”. “Para mim, o procurador está indo na contramão do que necessita de mudança”, disse o ministro.