A Hora de Timon
É de conhecimento geral que a cidade de Timon, irmanada à Teresina, Capital do Piauí, por tempos, foi considerada um bairro desta. Ora, não há qualquer demérito para um município de interior ser considerado bairro de uma capital, especialmente por que a proximidade entre ambas proporciona fácil acesso de todos os serviços públicos e privados que uma metrópole pode proporcionar.
Entretanto, embora inegavelmente os benefícios sejam imprescindíveis para os habitantes de Timon, também é necessário lembrar que a conurbação com Teresina, fez com que por muito tempo, a cidade maranhense fosse vista apenas como Cidade Dormitório, de tal modo que sua população economicamente ativa majoritariamente trabalhava na Capital e voltava ao lar apenas para o descanso noturno.
Cumpre ressaltar que a situação de Timon é peculiar, uma vez que, mesmo com as dimensões continentais do Brasil, apenas Teresina e Brasília enquanto capitais possuem, em seu entorno, municípios de outras Unidades da Federação.
Além dos supracitados fatos, pontua-se ainda que do lado maranhense, há a proximidade com Caxias-MA, que até outrora foi, após São Luis e Imperatriz, a 3ª cidade mais importante do Estado, sob os aspectos econômicos, culturais e populacionais. Deste modo, ao passo que os investimentos privados obviamente concentraram-se em Teresina, o Poder Público Maranhense sempre optou por Caxias para receber as benesses estatais, relegando a Timon, papel secundário, a depender das duas potencias que lhe cercavam.
A discrepância entre as cidades era tamanha que embora Timon seja a porta de entrada do Maranhão, entrecortada por duas rodovias federais, sedes da Policia Rodoviária Federal, Policia Federal, Receita Federal, dentre outros, sempre se situaram em Caxias. Ademais, o curso de Medicina da UEMA, Hospital Macrorregional de Caxias e outros equipamentos estaduais privilegiaram a Princesa
do Sertão, de tal modo que até pouquíssimo tempo, sequer agência do INSS Timon possuía.
Todavia, os tempos de outrora, e as razões que motivaram o deslocamento de investimentos para outras cidades não existem mais. A expansão imobiliária de Teresina, o baixo custo de aquisição de terrenos, e a proximidade com o Centro Financeiro da Capital começaram a despertar atenções a quem antes era tida como invisível.
O Município que antes era apenas dormitório tornou-se a 4ª maior cidade do Maranhão, referência em Educação no Maranhão e Brasil, o PIB Timonense, de acordo com o IBGE, é superior em mais de R$ 200.000,00(duzentos) milhões ao PIB Caxiense, há entre as duas, mais de 20.000(vinte mil) habitantes de vantagem para Timon, de tal modo que em todos os índices econômicos, sociais, educacionais, Timon consolidou-se como o maior potencia da região leste maranhense.
A par do que se expõe, não subsistem razões para que Timon não pleiteie das esferas estaduais e federais, investimentos e benesses com o tamanho e a importância que ostenta. Todavia, a inércia em agir, a apatia em buscar investimentos, ressaltando que a cidade é a maior do leste maranhense e com potencial inigualável para se tornar ainda maior, estando apta a receber maiores investimentos, a exemplo de cidades vizinhas a outras metrópoles nacionais, como Caucaia, no Ceará, e Ananindeua no Pará.
Assim, este artigo conclama a sociedade civil, empresarial, e, sobretudo os 21 vereadores, deputados estaduais e suplentes a pleitearem por nossa cidade aquilo que ela merece. Busquemos com afinco a 4ª ponte, o contorno rodoviário da cidade, que sem duvidas desenvolverá nossa estrutura viária. Cobremos um campus da UFMA, com cursos de Direito, Medicina, Engenharia, além de novos cursos na UEMA, de modo a desenvolver a estrutura educacional do município. Solicitemos investimentos na Saúde, Hospital Oncológico, para que tenhamos mais dignidade no acesso a estes serviços. Busquemos, pleiteemos, cobremos. É a hora de fazer por Timon a potencia regional que merece ser!
Paulo Renand da Silva Ramalho
Advogado. Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Piauí.
Pós Graduado em Direito Público, Orçamento e Gestão.
Bravo
Belo artigo, muito sábio em suas colocações
Lembrando que precisamos com urgência de mais uma ponte, ligando Timon a Teresina
UMA PONTA À MAIS NÃO, PRECISA DE VARIAS URGENTE PARA ALAVANCAR O DESENVOLVIMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO, COMO POR EXEMPLO, UMA EM TIMON, OUTRAS DUAS PRÓXIMA DE MATOES TAMBÉM OUTRA NA ALTURA COM A CIDADE DE UNIÃO PIAUÍ, ASSIM SÃO VARIAS PONTES MAIS URGENTE!
Concordo plenamente!
Chega de ser apenas uma sombra
Precisamos de um trânsito mais desafogado
Muito bom, espero que os políticos possam dar a Timon sua devida importância para que assim possamos “ficar” mais em Timon, nossos filhos não precisem se deslocar tanto para Teresina, tenhamos mais investimentos e geração de empregos.
Só falou a verdade, Parabéns!!. Pois bem sou filho de Timon, amo minha cidade, sai de Timon quando a cidade era considerada apenas “bairro” dormitório de Teresina, Timon se quer tinha um supermercado, tinha grandes mercearias, mais não supermercados, farmácias, contava-se, e por ai vai, asfalto, nem a Av. Teresina era asfaltada, hoje vemos uma Timon que atrai a cada dia novos investimentos, vemos uma Timon que é a quarta maior cidade do Maranhão, mais assim como o Paulo Renand escreveu, tem coisas que também entendo, coisas como: Timon não ter uma nova Rodoviária, Timon não ter um campus da Universidade Federal do Maranhão, enquanto cidades quase três vezes menor que Timon tudo tem, como é o caso de Grajaú, e outras, não entendo Timon em muitos casos depender de Caxias e também Teresina, como por exemplo: alguns órgãos do gov. Fereral em Timon ser subordinado as superintendências no Piaui, quando o Piauí não da conta nem dos seus municípios, como vai da o suporte necessário a Timon, essas coisas não da pra compreender, com a palavra as autoridades políticas de Timon e do Maranhão!
CORREÇÃO: ” Tem coisas que também não entendo”