Saúde

Deputado Flordelis diz que sobrevive de cestas básicas dadas por amigos

Flor de Lis em entrevista ao programa Conversa com Bial
Flor de Lis em entrevista ao programa Conversa com BialReprodução
POR O DIA
Rio – A deputada Flordelis, acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o Pastor Anderson do Carmo, foi a entrevistada desta quinta-feira do programa Conversa com Bial, da TV Globo. A parlamentar falou sobre seu relacionamento com Anderson e alegou estar passando por problemas financeiros após a morte do marido e que estaria vivendo com cestas básicas. A deputada federal foi afastada em fevereiro e o salário do cargo ultrapassava o valor de R$ 33 mil.
“Há meses, preciso de cesta básica de amigos. Se eles não mandam, eu não tenho comida para dar para os meus filhos”, disse. “Hoje eu vivo com bastante dificuldade”.
O casal se conheceu em uma Igreja na favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, quando ele tinha 14 anos e ela 30. Ele liderava um grupo de jovens e ela tocava e cantava guitarra nos cultos.
“Eu nunca me preocupei com esse detalhe da diferença de idade. Nós éramos amigos, fazia evangelismo junto comigo[…] mas como ele era muito inteligente, muito aquém da idade dele, assumiu a liderança do grupo muito rápido, a minha admiração também muito rápido e aos 19 anos se declarou pra mim”, conta sorrindo.
A deputada também contou como foi o dia horas antes do assassinato do marido e deu detalhes sobre um passeio pela praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio e logo depois disse que não sabia se estavam mesmo em Copacabana. Pedro Bial apontou falhas no relato da parlamentar e explicou que a Polícia refez os passos do casal aquela noite e que ambos estariam em Botafogo, próximo a uma casa de swing que Flordelis e Anderson frequentavam. Ao ser questionada se eles realmente eram clientes do local Flordelis citou a bíblia e disse que como pastora e pessoa pública não seria apropriado.
“A bíblia diz que tudo é lícito, mas nem tudo lhe convém. Não convém uma pastora frequentar um lugar desses[…] Eu sou uma pessoa pública, uma pessoa conhecida, minha imagem está em todos os cantos, em todos os lugares, eu sou uma referência. Além disso eu tinha ciúme do meu marido e ele também tinha de mim”, alegou.
A deputada também negou a versão da polícia, baseada nas imagens das câmeras da CET-Rio, de que ela e o marido teriam ido à Botafogo.
“Inventaram um monte de coisa, houve muitos erros, muitas falhas. Não sei porque mexer em coisas como casa de swing ou muitas coisas que inventaram. A polícia tinha que estar focada em achar o culpado ao invés de ir atrás do nosso passado”, desabafou.
Flordelis voltou a falar que a mandante do crime seria a filha Simone e que o que a motivou a matar o padrasto eram os abusos que sofria dentro de casa enquanto tratava de um câncer. Anderson e Simone namoraram antes do relacionamento com a deputada o que a parlamentar nega ter algum conhecimento. Ela também negou ter alguma participação no crime e que deseja saber quem atirou no marido.

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Elias Lacerda

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Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade