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Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão vai analisar aumento na população de aranhas na Lagoa da Jansen, um dos cartões postais de São Luis

Quem passa pela Lagoa da Jansen observa várias teias de aranhas nas árvores da região. Sendo assim, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) estuda e analisa a situação para tomar as providências cabíveis, em conjunto com especialista em aranhas e professor da UFMA Maurício Mendonça, a Defesa Civil e Batalhão de Bombeiros Ambiental.

“Nossa equipe de biólogos está empenhada nesta questão, em parceria com o único especialista da área no Estado, professor Maurício e em conjunto vamos chegar a um diagnóstico preciso sobre as medidas a serem tomadas”, disse o Secretário de Meio Ambiente, Marcelo Coelho.

Uma das famílias das aranhas que foi diagnosticado é a tetragnathidae, grupo que é encontrado geralmente junto à corpos d’água. Não são propriamente aquáticos, mas constroem suas teias em áreas alagadas, alimentando-se essencialmente de insetos relacionados a estes ambientes.

“Aranhas desta família costumam construir suas teias próximas a água. Elas não oferecem perigo ao homem e aranhas, de um modo geral, são considerados animais benéficos, por serem predadores de insetos como mosquitos”, explicou a Bióloga da SEMA, Janaina Dantas.

Ela, ainda, acrescentou que “é um comportamento social. Elas vão montar uma teia muito grande. São várias teias individuais comentadas umas às outras, e que facilitam a predação, a captura dos insetos, que é o alimento das aranhas. O veneno também não pode ser um motivo de preocupação para os moradores da Lagoa. Esse tipo de aranha tem veneno, mas com potencialidade baixa. Ele só é usado para capturar insetos”.

O fenômeno é incomum, mas não é exclusividade do Estado do Maranhão. Já aconteceu, por exemplo, no Amazonas, São Paulo, Santa Catarina, além de outros países, como Estados Unidos e Paquistão. Um fato comum em todas as ocorrências citadas foi um desequilíbrio ambiental, que aumentou o número de insetos nas áreas, o que significa uma oferta excessiva de alimento para as aranhas, ocasionando a reprodução rápida e o aumento da população.

“Venho observando esse fenômeno. Tenho certeza que é resultado de um desiquilíbrio ambiental. Mas é algo que estudaremos, juntos, com calma”, destacou o especialista Maurício Mendonça.

“Vamos analisar, estudar esse caso, coletar amostras e chegaremos a um real motivo de tal acontecimento”, finalizou Marcelo Coelho(na foto acima), secretário de meio ambiente do Maranhão.

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Elias Lacerda

Elias Lacerda

Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade