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TIMON: 127 ANOS… LEVANTA-TE!

Por Alberto Lima

No próximo dia 22 de dezembro (sexta-feira), nosso Município vai completar 127 anos de emancipação política. Assim é considerado. Sim, 127 anos à espera de um desenvolvimento econômico e social em prol da cidadania de todos. São longos anos de construção de um progresso sonhado, desejado, porém lento. Mas em todo esse espaço, desde 1890, houve avanços: população, obras, serviços. Pouco a pouco os limites da zona urbana foram sendo ampliados e a zona rural encolhendo; os caminhos de acesso se transformaram em estradas vicinais e daí em vias públicas, avenidas, etc. O cenário foi sendo alterado: primeiro somente areia, depois pedras poliédricas e finalmente o asfalto, ganhando características novas. Com um visual antes ameno, pacto, simples, de repente tudo plural: nova arquitetura, trânsito arrojado, sobrevivência acentuada através da prestação de serviços, marcas de violência… E muito sangue espalhado no solo timonense.

Durante parte desses 127 anos, há exatos 45 anos vivenciados, andando por ruas e avenidas da cidade, às vezes penso: teria sido diferente, estaria bem melhor, se o Município tivesse mantido o nome de “São José do Parnaíba”; ou “São José das Cajazeiras”; Ou quem sabe “Flores”? Como seria hoje? Ou será que o nome nada tem a ver? “Timon” foi escolhido pela sorte e realmente hoje está melhor? Seja lá como for, mas a trajetória anda longe… “Timon, Cidade Dormitório”; “Timon Cidade Sem Lei”; “Timon onde matam um hoje e deixa dois amarrados para amanhã”… Tudo isso foi sufocado e custou muito suor quebrar essas amarras populares. Pelo menos há alguns anos os dias têm sido diferentes… A maioria com sol causticante e por vezes pingos d`água cheios de calmaria…

Meu trajeto é um caminho que me leva até as barcas… Sim, ali à beira do “Velho Monge” de onde contemplo coroas… No meio do rio… Quem diria! Em anos passados quase emenda Timon e Teresina por uma areia alvinha e fria, principalmente à noite, com o clarão do luar. Fantástico! Pois bem, de lá vejo a exuberância da “Ponte Velha”, o modernismo da “Ponte da Amizade” e logo bem depois a solidão da “Ponte Nova”. Na travessia do rio que nos une, nos irmana, fortalece a amizade entre timonenses e teresinenses, enraizados nas plagas maranhenses e piauienses, me inquieta dobrar os joelhos, por força da burocracia, do descompromisso com a cidadania. É uma questão de soberania, de amor à Pátria! Será que alguém não sabe o que é a Pátria? É possível não valorar a própria Pátria, quando a Pátria somos todos Nós?

É bem aqui que o parafuso arrocha… Ou corre o risco da polca morrer a rosca. Ao chegar ao aniversário dos 127 anos de Timon, ainda assistir irmãos nossos timonenses para serem atendidos na “Cidade Verde” no setor de saúde pública, embora o SUS seja universal, ter que “arrumar um endereço em Teresina”, mesmo morando em Timon… Isso é asfixiante! E dá embrulho no estômago quando penso que até hoje todos nós, moradores de Timon, independente de cor, raça, religião, classe social, etc., não termos conseguido o asfalto da rodovia MA 040 entre Timon e Matões; nem a complementação do asfalto da BR 226 entre Timon e o Povoado Baú interligando a Presidente Dutra; nem o Contorno Rodoviário; nem o novo Terminal Rodoviário e quando veremos o Campus da UEMA em instalações próprias, novas e ampliadas? Há quanto tempo esperamos essas obras! E o Parque Industrial quando vai “correr de vento em popa”? Ao menos já foi resgatado o IEMA, agora o CAIC e o Ginásio “Carlos Jansen” está bem próximo. Com o fardo pesado nos ombros da carga tributária absurda, LEVANTA-TE TIMON! DE PÉ POVO FORTE! Comemoremos, pois o Amor à Vida e exaltemos a SOBERANIA. Glória Timon pelos seus 127 anos!

Alberto Lima, ex-Secretário de Administração e Recursos Humanos de Timon e Diretor do Departamento de Ação Comunitária e Cidadania da Liga Desportiva Timonense.

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Elias Lacerda

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Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade