Vereadores da oposição anunciam que vão se abster da eleição para presidência da Câmara

Os vereadores que integram e foram eleitos pela oposição em Timon concederam entrevista hoje (29) pela manhã, na Casa Amarela, local considerado como o Quartel General das campanhas eleitorais do deputado estadual Alexandre Almeida (PSD) para falar sobre o processo e relação entre oposição e base do governo Luciano Leitoa na Câmara diante das questões legislativas, a começar pela participação na eleição da Mesa Diretora e Comissões da Casa, estrutura físicas para os gabinetes, recebimento de diárias, entre outras questiúnculas inerentes ao cargo e exercício da vereança.

Da reunião deveriam participar todos os sete vereadores eleitos: Socorro Waquim e Francisco Torres (PMDB), Anderson Pego (PRB), Antunes da Drogaria Macêdo (PSD), Ramon Junior (PP), Adão Dourado (PR), mas Henrique Junior (Podemos) não participou da coletiva.

A ausência do vereador Henrique teria sido em razão da decisão dos seis vereadores de se absterem do processo de votação para escolha da Mesa Diretora da Casa para o biênio 2017/2018. A decisão de abstenção do voto foi em razão da falta de entendimento com o vereador Uilma Resende, atual presidente da casa e que concorre à reeleição, que segundo os oposicionistas, apesar da busca de entendimento por parte da oposição, “fechou todas as portas” para o diálogo e convivência pacífica e harmônica com grupo, excluindo-os da participação na Mesa e até de futuras comissões legislativas da casa.

Os vereadores consideraram o ato de Uilma Resende autoritário, ditatorial e antidemocrático. Socorro Waquim, por exemplo, elevou a participação dos vereadores, tanto na Mesa Diretora quanto nas Comissões da casa. Ela lembrou que em sua primeira gestão governou os dois primeiros anos com a Câmara presidida pelo vereador Porfírio Gomes, que foi eleito pela oposição e seu governo transcorreu normalmente discutindo com o legislativo. A vereadora eleita mostrou citou o exemplo da eleição do vereador Antonio Filho (Biu), que foi eleito pela sua base de governo, mas que tinha na vice-presidência o vereador Jaconias Morais (PDT) como representante da oposição, numa prova inequívoca de não interferia nos processos de escolhas dos membros da Mesa da Câmara durante sua gestão municipal.

Socorro citou o Regimento Interno da Casa para justificar a decisão dos seis vereadores de se absterem do processo, alegando que “regimentalmente a escolha dos membros é proporcional a representatividade na Casa” e é importante estar na mesa, pois é onde são tratadas todas as questões legislativas como expediente, pautas de votações de proejtos e outras prerrogativas que só a mesa conduz. Socorro lamentou a decisão do presidente e orientação do governo de deixar a bancada oposicionista de fora da Mesa como forma de impedir a atuação dos vereaadores, mas segundo o vereador Francisco Torres, que atuou na legislatura passada na oposição e fez parte de comissões, a exclusão dos vereadores não impedirá o trabalho de acompanhamento, monitoramento e fiscalização das ações governamentais.

Anderson Pego defendeu uma rigorosa fiscalização dos recursos públicos repassados à Câmara e que são gereciados pela Mesa Diretora, que em 2017 serão na ordem de 720 mil reais por mês. Pego disse que todos os que receberem as “famosas diárias” para viagens fora do município terão que prestar contas do valor com o retorno para o município e caso essa prestação de contas não seja feita, o vereador que recebeu diária e não prestar contas terá que devolvê-la.

O vereador Antunes da Drogaria Macedo criticou a ausência do também vereador Henrique Júnior e disse que até ontem, ele tinha sido indicado para concorrer à presidência da Casa pela oposição, mas que o vereador havia comunicado sua desistência e em seguida sua decisão de votar em Uilma Resende.

(Do blog do Ribinha)

Elias Lacerda

Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *