Após diálogo, agentes de limpeza urbana de Timon suspendem paralisação

O impasse envolvendo a prefeitura e os vereadores da oposição da Câmara Municipal de Timon começa a ter resultados preocupantes. Diante da não aprovação da Lei Orçamentária (LOA) para o ano de 2022 e a consequente paralisação de algumas transações no município, o pagamento dos salários de algumas categorias de servidores pode ficar suspenso por tempo indeterminado.

Os agentes de limpeza do município chegaram a anunciar para este sábado (29) uma paralisação motivada pela falta de pagamento dos salários do mês de janeiro. Ao todo, cerca de 200 trabalhadores entre terceirizados e comissionados compõem a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU). Neste primeiro momento o impacto maior é sentido pelos terceirizados que estavam prestes a cruzar os braços.

Alguns agentes, que preferem não se identificar, relatam que estão passando por uma condição de necessidade alimentar. Essa foi a terceira ameaça de greve, mas todas foram evitadas com muito diálogo entre gestores e categoria. Assim sendo, até o momento, os garis ainda cumprem as rotas de limpeza normalmente. Ninguém sabe até quando…

Preocupada com a situação dos trabalhadores a prefeita Dinair Veloso, mesmo em isolamento após testar positivo para a Covid-19, se reuniu virtualmente com a equipe jurídica e econômica do município e o seu secretariado na tarde de ontem, sexta-feira (28). Fontes ligadas à gestora informaram que a prefeitura tem os recursos necessários para fazer o pagamento dos agentes de limpeza,  mas está impedida porque alguns vereadores se recusam a aprovar a Lei Orçamentária do município.

As mesmas fontes informam que a prefeita Dinair está buscando soluções para efetuar o pagamento dos salários, pois não acha justo que estes trabalhadores paguem pelo impasse causado pela oposição ao seu governo no legislativo municipal. Na próxima segunda-feira, dia 31, a chefe do executivo deverá procurar a justiça para reiterar os prejuízos que o município está sofrendo.

Vale ressaltar que o executivo já obteve uma vitória na justiça que obrigou a Câmara de Vereadores a realizarem a seção para votarem o projeto de Lei, mas até o momento, não sabemos o motivo, a sessão não foi realizada.

Em conversa com o eliaslacerda.com, o Secretário Municipal de Limpeza, Carlos Zangirolani disse que a administração municipal compreende que esses os profissionais da limpeza prestam um serviço essencial a cidade e é inadmissível ficar sem a limpeza urbana. “Além disso, muitos pais e mães de família estão em grave situação de vulnerabilidade sem alimento para suas famílias”, disse ele.

Neste momento, segundo nossas fontes, o executivo vem se mexendo com vistas a encontrar uma saída jurídica para pagar os agentes de limpeza até que a Lei, com a sensibilidade dos vereadores, seja finalmente votada no legislativo municipal.