Assista : Mulher jogou sacos com fezes em bar após ataque de fúria

O ataque de fúria que levou uma mulher a despejar um saco cheio de fezes de gato dentro de um bar no Guará 1 , em Brasília, teria sido motivado pelo barulho e som alto ouvidos constantemente no estabelecimento. Maria do Carmo Saldanha (foto em destaque), 62 anos, é a moradora que foi filmada entrando no comércio e bravejando contra o proprietário.

Veja no vídeo abaixo o momento do fato:

Em entrevista ao Metrópoles a enfermeira contou que mora no prédio em frente ao Bar do Jerrym há cerca de 10 anos. Segundo ela, os problemas com o atual dono do estabelecimento já perduram por meses. A principal queixa dela e de outros moradores é o barulho no comércio nas altas horas da madrugada, que perturba o sono dos condôminos.

“Eu já havia tentado conversar com um dos donos desse bar para falar a respeito do som alto de madrugada, porque atrapalha o sossego de quem precisa descansar. Ele sempre alegou que tinha alvará de funcionamento durante a semana até a meia-noite e, no final de semana, até duas horas. Porém, isso não é respeitado. Muitas vezes, o bar fica aberto até cinco horas da manhã”, argumenta Maria do Carmo.

De acordo com a enfermeira, além do barulho de gente conversando e a música alta, os outros moradores já flagraram brigas e consumo de drogas no local.

“A sensação que nós temos é que o som é dentro da nossa casa. Já fizemos algumas reclamações na ouvidoria da Administração do Guará, mas nada foi feito até hoje”, diz.

Nos dias que antecederam a confusão com despejo de fezes no bar, na manhã de quarta-feira (17/4), Maria do Carmo detalhou que estava há dias sem conseguir dormir por causa do barulho no comércio durante a madrugada.

“Estava vindo de uma série de plantões à noite no hospital, sem dormir em casa alguns dias. Eu ia trabalhar na quarta-feira de manhã, em um plantão extra no pronto-socorro, mas passei a noite em claro, porque o barulho do bar não me deixou dormir. No dia seguinte, não consegui acordar, perdi o horário do trabalho e fui retirada do grupo do plantão extra por causa da falta. Foi o estopim”, relata a situação.

Segundo ela, o despejo das fezes no bar não foi premeditado. Na ocasião, ela pretendia apenas tentar conversar novamente com o dono do estabelecimento a respeito do som alto durante a madrugada.

“Fui descer com as fezes dos meus gatos para levar no lixo, e vi o proprietário abrindo o bar. Aí eu fui tomar satisfação do barulho com ele, explicar que eu tinha perdido um dia de trabalho por causa do bar dele, e aí, foi o que aconteceu de eu ter surtado, mas eu jamais ameacei ele de morte” alega a enfermeira.

A cena, no mínimo inusitada, teria ocorrido depois dela ser ameaçada pelo homem. “Ele ficou olhando para minha cara e rindo. Gritei mesmo com ele, mas em momento nenhum ameacei ele de morte. A única coisa agressiva que eu falei é que eu ia fechar aquela ‘espelunca’. Joguei [as fezes] porque ele foi tão grosseiro, disse que eu ia arcar com as consequências de querer fechar o bar, mas era no sentido de acionar as autoridades que quis dizer”, explica a mulher.

Bastante abalada com o ocorrido, Maria do Carmo disse que passou mal depois da discussão e que precisou ser atendida na emergência de um hospital particular. “Acho que o pior é estar lidando com a consequência emocional da situação”, lamenta.

Maria do Carmo também registrou um boletim de ocorrência na 4ª Delegacia de Polícia (Guará), que investiga a confusão.

Elias Lacerda

Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade

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