Capital de estado do Brasil está na previsão de ficar entre as mais quentes do mundo até 2050

Acima veja aspecto de Belém do Pará.

Uma onda de calor vai atingir o Brasil nas próximas duas semanas. Segundo a MetSul, as cinco regiões do Brasil serão atingidas pelo fenômeno, que pode até quebrar recordes em alguns lugares. A era da “fervura global” coloca a saúde humana em risco, em especial nos locais menos preparados para lidar com as mudanças climáticas. Um estudo realizado pela ONG CarbonPlan em parceria com o jornal “Washington Post” aponta que, até 2050, mais de cinco bilhões de pessoas — isto é, mais da metade da população global, segundo projeções — estarão expostas a pelo menos um mês de calor extremo.

Segundo o levantamento, Belém será a segunda cidade com mais dias de calor extremo durante o ano: 222. A capital do Pará terá o aumento mais acentuado entre as grandes cidades do mundo e, em dados absolutos, só perde para Pekanbaru, na Indonésia, cujos habitantes precisarão enfrentar 344 dias de perigosas altas temperaturas.

Veja o ranking abaixo.

  • Pekanbaru, Indonésia – 344 dias de calor extremo, ao ano
  • Belém, Brasil – 222 dias de calor extremo
  • Dubai, Emirados Árabes Unidos – 189 dias
  • Calcutá, Índia – 188 dias
  • Nimule, Sudão do Sul – 159 dias
  • Phoenix, Arizona – 102 dias
  • Freetown, Serra Leoa – 92 dias

Um mapa divulgado no site da ONG mostra, em pontos amarelos, as regiões que mais vão sofrer com dias de calor extremo — entre elas, áreas da região Norte do Brasil.

O estudo leva em conta um cálculo aproximado da “temperatura de globo de bulbo úmido”. Segundo o “Washington Post”, trata-se de uma métrica que combina temperatura, umidade, luz solar e vento e, por isso, é considerada o “padrão ouro” para se aferir como o calor pode prejudicar o corpo humano.

Um calor extremamente arriscado, segundo o estudo, é aquele que ultrapassa a marca de 32ºC — marca em que até mesmo os adultos saudáveis que estão acostumados a praticar esportes ao ar livre por mais de 15 minutos podem sofrer com o calor. O jornal americano alerta, inclusive, que “muitas mortes ocorreram em níveis muito mais baixos”.

Para os cientistas que conduziram o estudo, está em curso uma “nova epidemia de calor extremo”, o que representa “uma das ameaças mais graves para a humanidade”. Os pesquisadores ponderam que os efeitos da crise climática leva mais perigo aos países pobres, em regiões já quentes, como o Sul da Ásia e a África subsaariana, onde as pessoas têm, em geral, mais obstáculos no acesso à saúde e a sistemas de refrigeração.

— Os recursos parecem muito diferentes — disse Tamma Carleton, professora de economia ambiental na Universidade da Califórnia, em entrevista ao “Washington Post”. — A história do calor é a desigualdade.

 

 

De O Globo

Elias Lacerda

Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade

2 comentários sobre “Capital de estado do Brasil está na previsão de ficar entre as mais quentes do mundo até 2050

  1. A Profecia em Apocalipse! Temperatura de extremidade calor fogo.O corpo humano não suportará.
    (…) Há necessidade de mais árvores no mundo e, menos poluição.

  2. Enquanto o mundo e o Brasil pega fogo por conta da alteração climática provocada pelo o homem, os políticos querem saber das próximas eleições pra se deter no poder sem nenhum interesse em resolver essa problemática que agora está afetando a todos sem exceção.

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