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Escola tradicional de São Luis é acusada de maus tratos contra criança autista

Uma das mais tradicionais escolas do Maranhão está sendo acusada de maus tratos contra uma criança com Transtorno do Espectro Autista. A escola é a Crescimento, referência em ensino de alto padrão na capital São Luís.

Os maus tratos ocorreram no ano passado e envolve a criança com iniciais P.A.M.S.R, que tem como avó, Luiza Rocha, professora, advogada e ex-prefeita de São João do Soter, interior do estado.

A garota frequentava com entusiasmo o citado estabelecimento de ensino desde os dois anos e sete meses de idade.

Sem qualquer ocorrência de conhecimento dos tutores – mãe e avó – a menina começou a não querer tomar banho e se trocar para ir à escola. Diante do novo cenário comportamental, a família buscou informações na Escola Crescimento, questionando a instituição educacional privada sobre o processo de adaptação da jovem estudante, que em 2021 cursava o 5º ano.

Após inúmeras reuniões e diálogos com professores e coordenadores da Escola Crescimento, a família não conseguiu descobrir o que de fato vinha ocorrendo, até porque as informações obtidas junto à instituição de ensino foram ora evasivas, ora confusas.

Passados alguns meses de acompanhamento psicológico, a criança começou a apresentar comportamentos agressivos nas sessões de terapia enquanto relatava vinha sofrendo agressões de uma “tia” na escola.

Alguns dias depois do relato à terapeuta, a menina revelou à avó que a tutora de outro aluno havia batido em seu rosto com as duas mãos. A menina também disse que sua professora costumava pisar em seu pé e outra “tia” a chamava de idiota.

Diante desses terríveis relatos, que remontam à discriminação criminosa ocorrida nos campos de concentração na época do nazismo, a família preferiu não mais levar a menina à Escola Crescimento.

Mesmo em meio à dor física e psicológica, a criança, longe do ambiente escolar, externa preocupação com os colegas e principalmente com os estudos. Esse comportamento vai na contramão das desculpas dissimuladas da direção da Escola Crescimento, que preferiu proteger professoras supostamente despreparadas, quando deveria reconhecer o ocorrido e assumir as responsabilidades civis e criminais inerentes ao caso.

A família de “P.A.M.S.R.” buscou uma solução que protegesse a menor e trouxesse justiça. Em reuniões com a direção e coordenação da Escola Crescimento, a família solicitou, em síntese, o desligamento das profissionais envolvidas nos maus-tratos; um pedido de desculpas para a aluna e uma campanha de conscientização e respeito ao autismo. Em resposta, a Escola foi contraditória: negou que houve má conduta das profissionais, mas decidiu por afastá-las do convívio da criança. A instituição de ensino não atendeu aos pedidos da família.

Agora o caso está na justiça onde a família denuncia a situação. O Ministério Público do Maranhão também foi acionado e deve entrar na causa.

A garota já está matriculada em outra escola, mas após o fato vem tendo enormes dificuldades em voltar a ter uma vida normal e regular no colégio.

 

Com informações do UCHO.INFO

2 Comentários

  1. A escola Crescimento nunca foi referência. Apenas a mais cara para abrigar a elite de São Luís.

    1. Verdade e a diretora ainda tem a baixaria de não querer receber a mãe… e eles ainda acham que estão certo.

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Elias Lacerda

Elias Lacerda

Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade