Grupo da Águas de Timon compra a Companhia de Saneamento do Rio Grande do Sul

Consórcio foi o único que participou do leilão de privatização da estatal gaúcha, que atua no setor de saneamento básico. Ágio foi de 1,15%

O Consórcio Aegea ( o mesmo da Águas de Timon)  comprou a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) com uma oferta de R$ 4,15 bilhões. A compra aconteceu na semana passada. O valor representa um ágio de apenas 1,15% em relação ao lance mínimo de R$ 4,1 bilhões. O edital de privatização estabelece que a venda ocorra em lote único de 630 milhões de ações.

O leilão de privatização da estatal aconteceu na sede da Bolsa de Valores, em São Paulo. Com a aquisição, a Aegea deverá cumprir os acordos coletivos de trabalho, celebrados previamente, o que inclui compromissos de manutenção de empregados. Deverá manter ainda os contratos de prestação de serviço de saneamento básico com 317 municípios.

A Corsan presta serviços a mais de 6 milhões de pessoas no Rio Grande do Sul. O governo gaúcho argumenta que a privatização faz frente à aprovação do marco legal do saneamento, aprovado pelo governo federal, que determina que, até o próximo ano, 99% da população deve ter acesso à água potável e 90% à coleta e tratamento de esgoto.

De acordo com o edital de privatização, a Corsan não consegue realizar investimentos condizentes com a necessidade dos municípios onde atua, bastante superior ao investimento realizado nos últimos anos. Assim, acrescenta o texto, a desestatização tem como objetivo restabelecer a capacidade da empresa de realizar os investimentos setoriais necessários para ampliar a qualidade e cobertura do atendimento.

Liminar derrubada

Na semana anterior a compra, uma liminar da Justiça do Trabalho havia determinado a suspensão do leilão de privatização da Corsan. O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Lelio Bentes Corrêa, porém, autorizou a continuidade do processo. Ele deferiu parcialmente um pedido de suspensão de liminar proposto pela Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul (PGE-RS).

A PGE argumentou que havia risco de dano irreparável à economia e à ordem administrativa caso o leilão fosse cancelado. Algo que geraria prejuízos ao Estado, à companhia e à população.

A Procuradoria destacou ainda que, com a modificação no controle da Corsan, não haverá alteração dos contratos de trabalho celebrados entre a empresa e seus empregados. Ocorrerá apenas a alteração do controlador, sem qualquer consequência direta nas relações contratuais com os funcionários.

 

Do Metrópoles

 

Elias Lacerda

Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade

Um comentário em “Grupo da Águas de Timon compra a Companhia de Saneamento do Rio Grande do Sul

  1. Acordo coletivo dos funcionários que tem duração de um ano, logo não há garantia do emprego de nenhum funcionário, já que esse acordo vigente está acabando

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