A lista de famosos que usaram as redes sociais, nesta terça-feira, 14, para compartilhar declarações apaixonadas em homenagem ao “Valentine’s Day”, ou Dia de São Valentim – equivalente ao Dia dos Namorados no Brasil, comemorado nos Estados Unidos, Canadá e em parte da Europa – não para de crescer. Dificilmente, no entanto, algum deles irá emocionar mais do que o depoimento feito pelo ator Tyler James Williams, mais conhecido no Brasil por ser um dos protagonistas do seriado “Todo Mundo Odeia o Chris”.
Em seu perfil no Instagram, o ator compartilhou uma foto da namorada, Anastasia Baranova, e escreveu um texto enorme em homenagem à amada, no qual ainda revela pela primeira vez que foi diagnosticado com a Doença de Crohn, uma doença inflamatória do trato gastrointestinal que não tem cura e, caso não seja controlada, pode causar diarréia, cólica abdominal e febre, entre outros sintomas.
No texto, Tyler James conta que a namorada passou os últimos seis meses o acompanhando em todas as visitas e internações no hospital, sem nunca reclamar ou deixá-lo sozinho.
Confira o texto na íntegra.
“Alerta: ‘textão’ na legenda, mas confie em mim, você vai querer ler isso. Nunca consigo acertar essa foto e em todas as manhãs nos últimos dois meses eu fico frustrado porque não entendo o motivo de não conseguir capturar o que vejo.
Para os que não sabem, fiquei entrando e saindo do hospital nos últimos dois meses após ter sido diagnosticado com a Doença de Crohn. Esse post não é sobre mim, então vá pesquisar se estiver curioso sobre o que é, mas apenas saiba que estou melhor e no caminho para a recuperação.
Esse post é sobre essa mulher deitada na cama. Ela me acompanhou em sete visitas à emergência do hospital nos últimos seis meses, em cinco longas internações e em um voo ‘bate-e-volta’ ao outro lado do país. Falou, discutiu e argumentou em meu benefício com mais médicos do que consigo contar, deixou o trabalho de lado, me manteve mentalmente motivado e positivo não importando o quão desconfortável era o procedimento pelo qual eu estava passando naquele dia e em momento algum deixou o meu lado. Ela dormiu nos sofás do hospital, mas quando não havia sofás, ela juntava duas cadeiras, e quando não havia nem cadeiras na emergência, ela colocava um cobertor e dormia no chão do hospital. Tudo isso para que eu nunca acordasse sozinho naquele ambiente estranho e desconfortável. Chamá-la de uma ‘boa’ mulher seria um grave insulto, assim como essa foto é um grave insulto à beleza que está sendo retratada, caso você não tenha lido a legenda.
Como jovens adultos, nós passamos a maior parte do nosso tempo tentando encontrar um senso de paz e estabilidade no meio de todo o caos desse mundo maluco. Ela é minha e toda manhã em que abro meus olhos e o sol nasce, e eu olho para o lado e a vejo, sei que, independente do que acontecer com meu corpo naquele dia, tudo ficará bem.”