Policial

Acusado de matar médico no Paraná explica como tudo aconteceu; Ele matou ainda uma travesti

‘Tinha avisado que sem dinheiro eu não fazia nada’, diz rapaz que matou médico no Paraná

Guilherme teve a prisão convertida em preventiva por ser considerado perigoso. Em interrogatório, ele confessou o crime e deu detalhes

O rapaz suspeito de matar o médico Renan Tortajada, de 35 anos, confessou o crime à Polícia Civil. Em interrogatório, Guilherme da Costa Alves, 25, disse que matou o médico porque ele disse não ter dinheiro para pagar pelo programa que tinha acabado de fazer. Guilherme teve a prisão convertida em preventiva pelo juiz da 2ª Vara Cível da Comarca de Umuarama, no Noroeste do Paraná.

Acima o médico Renan Tortajada, de 35 anos. Reveja matéria inicial sobre o assunto clicando aqui

Segundo o rapaz, ele e o médico se conheciam há um ano e seis meses. Ele contou que os dois se encontravam, mas sempre com a condição de haver pagamento para que houvesse relação sexual entre os dois.

“Ele só pagava para eu ficar com ele, eu fazia o que eu tinha que fazer, ele ia para o lado dele e eu para o meu”.

Guilherme contou que, na noite do crime, o combinado era de mais um programa. Apesar disso, o médico disse que pagaria depois da relação sexual e prometeu um valor maior do que os R$ 100 que ele sempre o pagava.

“Eu tinha avisado que sem dinheiro eu não fazia nada, ele falou que iria me dar R$ 200, eu pedi o dinheiro antes, ele falou que só ia dar depois que eu terminasse. Eu fiz tudo certinho. Tinha usado cocaína. Terminei de fazer o que ele queria, pedi o dinheiro, ele falou que não tinha, a gente começou a discutir, a brigar, eu dei umas pancadas dele, começou a sangrar muito, eu vi que ele ia morrer, terminei de matar ele e enterrei”.

Ouça um trecho do depoimento de Guilheme:

Enquanto estava terminando de enterrar o corpo de Renan, Guilherme contou que viu uma travesti passando pelo bosque. Com medo de ser entregue, ele acabou a matando também.

“No que eu terminei de matar, estava enterrando ele, estava passando um travesti, viu o pé dele para fora do buraco e começou a correr. Eu corri atrás dele e acabei matando também”.

Corpo de Renan foi encontrado enterrado no bosque em Umuarama. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Tentou vender carro

Guilherme contou que tirou toda a roupa da travesti, pegou dinheiro que tinha com ela, e colocou o corpo no porta-malas do carro de Renan. Além da chave do carro, ele também pegou o celular do médico, que acabou arremessando pouco tempo depois pela janela, pois começou a tocar.

O corpo da travesti foi jogado numa área de mata em Maria Helena, próximo a Umuarama. Guilherme contou que chegou a abastecer o carro do médico e que tentou vender o veículo, mas não conseguiu.

Prisão preventiva

Além de Guilherme, um outro rapaz, Pedro Henrique Gatto Freitas, foi preso também, pois estava com o suspeito no momento em que ele foi abordado. Pedro ainda é investigado, mas Guilherme afirma que ele não teve nada a ver com o crime, não sabia nem que o carro não era dele.

Após o interrogatório, a Justiça entendeu que a confissão feita por Guilherme faz com que a prisão preventiva seja necessária para garantir a aplicação da lei, isso pelo rapaz demonstrar ser perigoso.

Por conta disso, Guilherme, que era foragido por roubo, fica preso. Ele disse à polícia que pertence ao Comando Vermelho.

 

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Elias Lacerda

Elias Lacerda

Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade