Ex-namorada de policial assassinado nega envolvimento com suposto mandante do crime, entretanto polícia diz que há contradições no depoimento
A Polícia Civil revelou nesta quarta-feira (14) que já tem provas da ligação da ex-namorada do policial do Bope, Claudemir Sousa , morto na última terça-feira (06), com o suspeito de ser mandante do crime, Leonardo Ferreira Lima (no centro da foto acima ladeado pelos acusados de executarem o PM). A mulher prestou depoimento na última segunda-feira (12), acompanhada de seu advogado, e negou qualquer contato com o funcionário da Infraero preso em flagrante no dia seguinte ao crime. A Polícia ainda tem dois dias para concluir o inquérito. De acordo com o delegado geral, Riedel Batista, já foram encontradas várias contradições no depoimento da mulher.
“Todos os fatos que ela narrou estão sendo levantados – algumas citações estão sendo comprovadas – já existem algumas contradições e estamos coletando várias provas nesse sentido. A ligação dela com Leonardo está comprovada em relação a amizade deles, e até mais algumas coisas já comprovadas”, declarou o delegado geral.
Em primeira entrevista sobre o caso, o advogado de Leonardo, Nazareno Thé, sustenta a inocência do cliente e também confirma a ligação de Leonardo com a mulher, afirmando ainda que ele teria passado um veículo para o nome dela. “Ele conhece e tem uma certa intimidade, uma amizade com ela. Tem até um carro que ele estava se separando da esposa e não queria compartilhar que colocou no nome dessa mulher”, explicou.
O advogado diz que não há participação de Leonardo no crime e acrescenta que ele não conhece as pessoas envolvidas. “Não haveria nenhuma motivação que o levasse a praticá-lo e, mesmo se houvesse motivação, ele jamais levaria por esse lado criminoso. Ele é uma pessoa pacífica, uma pessoa inteligente e tem um preparo intelectual.”, pontuou o advogado.
Décio Solano, advogado da mulher que não teve a identificação divulgada, reforça que não houve nenhum relacionamento amoroso entre ela e o suspeito, mas acrescenta que ela conhece as duas famílias, tanto a do policial, quanto a de Leonardo. “Ela é amiga e conhecida das duas famílias mas nunca teve qualquer envolvimento amoroso com Leonardo, então não se sabe como o nome dela está envolvido como pivô”, afirmou Décio.
Wesley Marlon, considerado pela Polícia como executor do crime foi preso em flagrante confessou em depoimento que teria recebido R$ 10 mil de Leonardo para praticar o homicídio. Segundo informações obtidas pela reportagem da TV Cidade Verde foram encontrados documentos do INSS em nome de diversas pessoas na casa de Leonardo e uma nova investigação será feita nesse sentido.
(Cidadeverde.com)