‘Era uma Vez’: Texto sobre os bastidores da política em Caxias em um passado recente

Texto apócrifo lançado na imprensa de Caxias está mexendo com as mentes bem informadas da política local. Intitulado de ‘Era uma Vez’, a narrativa usa pseudônimos para identificar as personagens no texto que conta história de acontecimentos políticos do passado recente caxiense.

Confira abaixo o texto com o título:

Era uma Vez…

Era campanha eleitoral para governador e outras disputas como senadores, governadores, deputados federais e estaduais para a disputa de 2013, quando JOÃO foi procurado por BETO que juntamente com TONY estariam atrás de amigos de confiança a fim de patrocinar a campanha de governador de CHICO. De pronto JOÃO concordou e ainda disse, temos muito mais gente pra isso, mas ouviu de BETO e TONY que não, somente os três nessa região do Leste já estaria bom demais porque muita gente complicava e depois aumentava os compromissos.

Ficou acertado três meses de R$ 5.000,00 para bancar os comitês das cidades próximas (total R$ 15.000,00) e assim feito por JOÃO que repassava diretamente para BETO em espécie. Na campanha o candidato a governador CHICO veio à cidade e se encontrou com várias lideranças locais e regionais, dentre presentes JOÃO, BETO e TONY em um hotel da cidade, onde logo depois iriam a uma cidade próxima e assim feito. Saíram todos em comitiva e na porta do hotel o candidato a governador indaga a JOÃO onde estava seu carro e de pronto JOÃO aponta e o candidato a governador adentra no banco do passageiro, BETO pede para o motorista de JOÃO levar seu veículo e senta atrás.

Já saindo do hotel, JOÃO dirigindo seu veículo só ouve agradecimentos e elogios de CHICO, JOÃO pega um pacote com R$ 50.000,00 e entrega nas mãos de CHICO que diz não ter palavras para agradecer tamanha contribuição e ajuda passando o pacote para BETO, para entregar a uma pessoa conhecida do sexo feminino. Papo vai e papo vem até o destino da cidadezinha, onde lá desceram do carro e as festividades prosseguiram sem mais contato.

Depois disso,  JOÃO foi em alguns comícios, visitas em algumas cidades, principalmente as que eram bancadas os comitês, onde também BETO e TONY sempre presentes. Veio a eleição e CHICO foi eleito governador, BETO secretário depois deputado e TONY empreiteiro com obras em todo Estado. E JOÃO simplesmente esquecido, mas de vez em quando comentava com BETO e TONY o porquê desse esquecimento e ouvia, calma sua vez chegará.

Aniversário de um grande político da região e presidente do legislativo estadual, presentes 500 convidados dentre  CHICO, JOÃO aproveita para pessoalmente com ele falar onde muito solícito num canto da belíssima festa e depois de ouvir JOÃO, CHICO diz que foi uma falha e pede desculpa, mas que iria ser procurado na semana seguinte por sua equipe e ainda passou cartão para contato, porém ficou só nisso e nada mais, embora tenha vindo inúmeras outras vezes e visto JOÃO sem nada falar, apenas o cumprimentando e tirando fotos.

JOÃO comenta que não lhe fez falta, que quando precisaram foi tudo maravilha e somente não entende o que aconteceu depois por apenas ter ajudado. Afirma que fica a lição, na política você só vale quando é necessário para algum benefício e depois que passa, com exceções, o esquecimento é o melhor caminho. Mas nada custa devolver o valor ($$$) doado, mesmo sem juros e correção, apenas como forma de consciência limpa, honestidade e compromisso.

 

 

Elias Lacerda

Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade

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