Em entrevista exclusiva, presidente acusa Witzel de querer destruí-lo no caso Queiroz e diz que um ex-assessor estaria envolvido no plano para assassiná-lo
Apesar de dizer que se sente como um prisioneiro sem tornozeleira eletrônica desde que assumiu o governo, Jair Bolsonaro já anunciou que pretende disputar a reeleição. Ele confirma a possibilidade de formar uma chapa com o ministro Sergio Moro. “Nós somos Zero Um e Zero Dois. Tem de ver se ele quer. Nunca entrei em detalhes com ele sobre esse assunto, até porque é cedo demais para discutir, causa ciúme. Você daria um sinal de que não está satisfeito com o Mourão, e da minha parte está tudo tranquilo com o Mourão. O Moro não tinha uma vivência política. A cabeça dele enquanto juiz pensava assim: ‘Se eu fosse presidente, faria isso’. Agora ele conhece a realidade. Mas seria uma chapa imbatível.”O presidente falou sobre o assunto em entrevista exclusiva a VEJA, no Palácio da Alvorada. Pouco antes da conversa, ele teve a visita de seu advogado pessoal, Frederick Wassef, e descobriu que a tranquilidade era apenas aparente. Um novo e barulhento escândalo envolvendo a família Bolsonaro estaria prestes a explodir. Acertou em cheio. Na quarta 18, o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro realizou uma megaoperação para desvendar o caso da “rachadinha” que implica seu filho Flávio e o ex-assessor Fabrício Queiroz. “Tenho convicção de que no final vão concluir que o Flávio não tem nada a ver com o problema dos outros. Há uma obsessão do governador do Rio (Wilson Witzel) em ser presidente a qualquer custo”, acusa Bolsonaro, insinuando que tudo não passa de uma armação do agora rival político.
Um comentário em “Bolsonaro confirma que tem plano para Sérgio Moro ser seu vice em 2022”
Esse cara está com mania de perseguição. É mais fácil pra ele apontar alguém ( principalmente o Governador, que manifestou uma vontade de se candidatar à Presidencia) como possíveis mandantes de uma conspiração, do que obrigar o filho a encarar a justiça e assumir seus atos.
Esse cara está com mania de perseguição. É mais fácil pra ele apontar alguém ( principalmente o Governador, que manifestou uma vontade de se candidatar à Presidencia) como possíveis mandantes de uma conspiração, do que obrigar o filho a encarar a justiça e assumir seus atos.