No embate sobre diferença de remuneração entre gêneros, Renata Vasconcellos questionou o presidenciável se ele tomaria alguma medida para reduzi-la. Bolsonaro afirmou nunca ter dito que mulheres deveriam receber menos. E apontou: “Certamente ele [Bonner] tem um salário muito maior que o da senhora [Renata Vasconcellos]”. Em seguida, Renata respondeu: “Jamais aceitaria que um homem, exercendo as mesmas funções que eu, ganhasse mais”.
Na sequência, Bolsonaro suscitou a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) no assunto. “Por que o Ministério Público do Trabalho (MPT) não age [contra a desigualdade salarial]? Eu não tenho ingerência sobre eles”, retrucou.
Quando o candidato jogou a pergunta para os apresentadores, além de Renata Vasconcellos afirmar que jamais aceitaria ter remuneração inferior a de um homem com as mesmas funções, ela disse ainda colaborar para pagar, mediante impostos, a remuneração de Jair Bolsonaro como servidor público e deputado federal.
O nome do PSL ao Planalto retrucou e sustentou que a emissora também recebe recursos do governo. “[Você] Vive em boa parte com recursos da União. A Globo recebeu milhões de reais em repasses do governo federal”, afirmou.
Desde o começo da tarde de ontem (28), a entrevista do presidenciável é um dos assuntos mais comentados no Twitter.
Economia
O presidenciável foi questionado sobre a dependência de opinião e atos administrativos na área econômica, a qual já designou o economista e ex-banqueiro Paulo Guedes como líder.
“Estou namorando Paulo Guedes há muito tempo. Se vir a acontecer [divergências e uma demissão], paciência. O que tenho, até o momento [com ele], é fidelidade e compromissos para o futuro do Brasil”, assegura. O nome do PSL para a corrida pelo Planalto reforçou confiança em Paulo Guedes e duvidou que “esse divórcio” venha a acontecer.
Agenda no JN
Após o JN, Bolsonaro concedeu entrevista à Globo News. Ciro Gomes foi o primeiro presidenciável a ser sabatinado pelo Jornal Nacional e pelo Jornal das Dez, do canal a cabo, nessa segunda (27/8). Na quarta (28), será a vez de Geraldo Alckmin (PSDB) e, na quinta (30), Marina Silva (Rede). A participação do ex-presidente Lula foi vetada: a TV Globo e a Globo News convidaram apenas os candidatos que poderiam participar presencialmente dos telejornais.