Justiça mantém presa modelo que matou o noivo com tiro em motel

Em audiência de custódia, realizada na tarde desta quinta-feira (10/11), a Justiça de Goiás (TJGO) converteu de flagrante para preventiva a prisão de Marcella Ellen Paiva Martins, 31 anos. Apesar da confissão da mulher – que atirou contra o olho direito do noivo, identificado como Jordan Guimarães Lombardi, 39 anos – a conversão da prisão se deu por conta de um roubo à mão armada, quando Marcella abordou o motorista de uma kombi escolar, na BR-070, na altura de Cocalzinho de Goiás, momentos após o homicídio.

Marcella Ellen e Jordan estavam dentro de um Motel, na Candangolândia, quando a suspeita atingiu no olho direito do homem com um disparo de arma de fogo. Nessa quarta, a modelo foi transferida para a unidade prisional feminina, em Luziânia (GO).

“Mantém-se a prisão preventiva fundamentada de forma idônea para garantir a ordem pública, dadas as gravosas circunstâncias concretas do ato em tese praticado, pois evidenciada a gravidade do delito e a periculosidade do agente”, afirma o juiz Flávio Florentino de Oliveira. “Ademais, evidente o abalo emocional da custodiada, constatado nesse ato, o que reforça a necessidade da segregação preventiva para garantia da ordem pública”, completa.

À Polícia Militar de Goiás (PMGO), a autora dos disparos narrou que usou diversos entorpecentes com o companheiro após chegarem ao motel Park Way, no Setor de Postos e Motéis Sul, na última segunda-feira (7/11). Eles permaneceram, por dois dias hospedados no local. Marcella deu coronhadas no rosto do noivo antes de apertar o gatilho.

Na saída, em fuga, a modelo acertou o portão do motel com o Audi Q7 que dirigia. O carro foi bloqueado na BR 070, na altura do km 34, em Cocalzinho de Goiás (GO), por conta do rastreamento da empresa a qual Jordan pertencia. A vítima era sócio e consultor da McKinsey & Company, uma empresa de consultoria empresarial americana.

Antes de ser detida, a bacharel em direito tentou abordar um motorista de uma kombi escolar que passava pela estrada. Por conta da tentativa, ela também responderá por roubo à mão armada, já que levou o veículo.

Segundo o advogado Johnny Cleik, a conversão da prisão já era esperada por ele e pelos familiares. Na segunda, o casal voltava de São Paulo quando decidiu parar no Motel Park Way, na saída sul do Distrito Federal. “Consumiram droga desde segunda-feira. Cocaína, ecstasy, maconha”, relata. “Ela o noivo iriam se casar em janeiro [do próximo ano]. Vieram de São Paulo de carro”, completa. O casal vivia há dois anos em Moema, bairro na capital paulista.

Cleik diz que o casal teve um surto psicótico no motel. “Começaram uma discussão, ele a agrediu, deu alguns tapas nela. Teve uma questão envolvendo algumas fotos íntimas que a gente não vai divulgar, mas ela apontou a arma para ele e ele foi para cima. E falou: ‘Pode me matar, não estou nem aí, não quero saber da minha vida também’. Ela respondeu que não faria isso e ele foi lá e deu outro tapa nela. Quando ele deu esse segundo tapa, com a arma apontada, Marcella apertou o gatilho”, relata.

“Ela se evadiu do motel em que estavam, e o carro, por se tratar de veículo da empresa, foi bloqueado. Ela fugiu tentando chegar em São Paulo, mas o carro parou em Águas Lindas, por conta do rastreador”, afirma o advogado.

Segundo nota enviada pelos militares, ela foi detida no município goiano de Girassol e levada para a 1ª Delegacia da Polícia Civil de Águas Lindas. No momento da prisão, a suspeita portava uma pistola calibre .38, três cartuchos de munição e um estojo.

Por meio do seu perfil em um site de acompanhantes de luxo, Marcella se descrevia como “culta e envolvente”. “Proporciono encontros maravilhosos de forma espontânea e liberal. Adoro a troca de beijos intensos e realizar fantasias”, apresentou-se. No Instagram, a modelo acumula mais de 50 mil seguidores. Ela compartilhava fotos de viagens luxuosas por Dubai, Alemanha, França e Maldivas.

 

Do Metrópoles

Elias Lacerda

Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade

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