Luciano Leitoa recebe na prefeitura Crianças e adolescentes atendidos pela Casa de Palha
Uma divertida visita aconteceu na manhã desta quarta-feira, 24.07, no gabinete do prefeito Luciano Leitoa com a chegada de crianças e adolescentes da Casa de Palha. A instituição, que atende pessoas em tratamento oncológico, está realizando durante o mês de julho uma colônia de férias para usuários e familiares com o tema “Minha Cidade tem Histórias” e, de acordo com a diretora, Luana Xavier, a prefeitura não poderia ficar de fora.
Atentas a cada detalhe na fala do prefeito, as crianças ficaram animadas em poder ver de perto como tudo funciona. O jovem Kennedy Sousa, 17 anos, foi um dos mais participativos e até disse que pretende ser prefeito. Além do tratamento oncológico, ele possui deficiência visual e paralisia cerebral, mas isso não foi nenhum impedimento para a sua forma alegre e compromissada de ver as questões que envolvem a cidade.
“Eu acho que precisa acabar com essas queimadas”, disse Kennedy Sousa sobre a falta de consciência de alguns moradores que insistem na queimada de lixo mesmo existindo a coleta domiciliar regular.
A diretora da Casa de Palha explica que a proposta é mostrar que, além de existir espaços públicos, existem as ações realizadas pela prefeitura para toda a cidade. “A gente conhece a praça, conhece a prefeitura, mas a gente nunca entrou de fato. As crianças não sabem de fato para que servem, então a gente trouxe elas aqui e fomos muito bem recebidos pelo prefeito Luciano Leitoa, que nos deu prontamente o seu depoimento, a sua palavra no que diz em relação ao seu trabalho aqui na Prefeitura”, disse Luana.
A Antônia Gomes, mãe de um dos usuários da Casa de Palha, conta que a filha de 4 anos é atendida pela Creche Elda Maria, no bairro Marimar, e desde que iniciou lá a criança tem se desenvolvido bastante. “Eu estava morando em outra cidade e, desde o ano passado, quando voltei, eu percebi a qualidade que a escola da minha filha tem”, disse.
O prefeito entrou no clima de alegria e descontração com as crianças e respondeu todas as dúvidas. “Aqui temos uma equipe toda integrada e que envolve ações em todas as áreas. Eu tenho que saber um pouco de Educação, Saúde, Infraestrutura, Assistência Social e muitas outras áreas para poder fazer o melhor por todos. Estou prefeito nesse momento, mas quando acabar meu mandato outra pessoa será responsável por gerir a cidade, então devemos fazer um bom trabalho, pois o mais importante é a cidade, as pessoas que moram aqui”, disse.
Bravo! Prefeituras não são mosteiros nem palácios medievais. Há que se remover as cortinas, abrir as portas e deixar novos ares circundar nas “bases do reinado”. Desde criança, quis ouvir ao menos ruídos das suntuosas sacadas de alguns casarões em São Luís. Para mim, no Palácio dos Leões só havia de fato leões. Estranhava o silêncio, tudo cerrado. Homens reclusos, tanto os de dentro quanto os de fora de belos prédios. E ao passar em frente a alguns desses sagrados e imponentes edifícios, erigidos com segredo, com uma arquitetura de mistérios, cada vez me vinha a impressão do inacessível.
Até que um dia, o menino do subúrbio teve o privilégio de adentrar uma dessas “câmaras secretas”.
Em 1978, minha saudosa madrinha, Ariceya Moreira Lima, levou-me para uma reunião em que seu esposo, meu padrinho, saudoso jornalista Emanuel Silva, fizera cobertura para o jornal O Imparcial. Foi a primeira vez que entrei no prédio da prefeitura de São Luís e no salão nobre daquela casa pude assistir a um homem que determinava os destinos da cidade. Era o então prefeito, Ivar Saldanha. Aquela entrada foi muito importante para mim, caro Kennedy Sousa. Foi a partir daquela visita que me tornei ousado, a ponto de entender que onde um homem entra todos podem entrar. Depois, fui guiando passos, sozinho: bibliotecas, bibliotecas, bibliotecas, teatros, museus, cinemas, universidades, (igreja)… Uma porta que se abre, Kennedy, abre mil outras, principalmente dentro de nós.