Polícia federal prende acusados de fraudar INSS em Codó

Na manhã desta quarta-feira (1º), a Polícia Federal cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão nos municípios de Codó, no Maranhão, e em Marabá, no Estado do Pará. As prisões e apreensões foram feitas durante a Operação Êxodo, que tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa que praticava crimes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Entre os presos, estão dois servidores do Instituto.

A operação foi realizada pela Delegacia de Polícia Federal em Caxias, no Maranhão, com a colaboração da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) do Ministério do Trabalho e Previdência.

Segundo a PF, as investigações tiveram início em 2020 e levou à identificação de um esquema criminoso realizado por dois servidores do INSS, um advogado especializado em causas previdenciárias e um intermediário/agenciador. Os envolvidos confeccionavam documentos de identificação falsos e inseriam os dados desses documentos nos sistemas do órgão previdenciário, para obter a concessão, principalmente, de benefícios como aposentadoria por idade e pensão por morte, para pessoas que não detinham a qualidade de segurado especial (trabalhador rural).

No decorrer da investigação, a PF verificou que muitos requerentes, embora morassem no Estado do Pará, requereram seus benefícios no Estado do Maranhão, diante das facilidades proporcionadas pelos indiciados para o deferimento de benefícios fraudulentos. Até o momento, a polícia identificou um prejuízo de aproximadamente R$ 2,4 milhões com a concessão desses benefícios.

Diante das informações obtidas, a Polícia Federal realizou, nesta quarta, o cumprimento de 13 mandados judiciais, sendo quatro de prisão preventiva e nove de busca e apreensão em Codó-MA e Marabá-PA. Dentre os Mandados Judiciais consta, ainda, a previsão de arresto de bens e de veículos em nome dos investigados.

PF prende suspeitos de integrarem organização que fraudava benefícios do INSS no interior do Maranhão; entre os presos, dois são servidores do Instituto — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Com relação aos dois servidores da autarquia previdenciária, a PF afirma que, além de terem sido presos preventivamente, foi determinada, também, a suspensão do exercício das funções públicas deles.

Os envolvidos estão sendo investigados pela prática dos crimes de:

  • estelionato previdenciário (art. 171, § 3º)
  • inserção de dados falsos em sistema público (art. 313-A)
  • organização criminosa (art. 2º da Lei 12.850/2013)

Ainda de acordo com a Polícia Federal, a economia gerada com a futura suspensão dos benefícios, considerando-se a expectativa de sobrevida projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), gira em torno de R$ 18 milhões.

A operação foi intitulada de Êxodo em uma alusão ao deslocamento de um grupo de pessoas de sua terra natal para uma outra localidade.

 

Do G1 Ma

Elias Lacerda

Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade

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