Suspeito de participar da morte de Major em Teresina é preso e conta detalhes do crime
A única pessoa presa – suspeita de participação na morte do comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar do Piauí, major Mayron Moura Soares – confessou o crime e contou detalhes da ação criminosa em vídeo. Iranilson Pereira dos Santos, 29 anos, que usa tornozeleira eletrônica, afirmou que ele e o comparsa queriam roubar o celular do PM, mas que só soube através da rede social que a vítima era policial militar. O preso falou com a imprensa na Delegacia de Homicídios na manhã desta quarta-feira (22).
O major Mayron Moura Soares, 44 anos, morreu após levar um tiro durante o assalto no bairro Todos os Santos, na zona Sudeste de Teresina. Ele estava com o filho e chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Segundo o suspeito, a intenção era apenas realizar um assalto. Eles teriam avistado o major falando ao celular, momentos antes da abordagem. Sobre o motivo do tiro, Iranilson disse que não foi o autor dos disparos.
“Eu não vi o que aconteceu porque só parei mais adiante. A gente só queria o celular. Quando ele [Wallison Jonatas Rodrigues, conhecido como Candomblé] pulou na moto já foi dizendo que tinha atirado. Só soube que era um PM pelas redes sociais”, disse.
O suspeito contou ainda que estava sendo monitorado havia nove meses por tornozeleira eletrônica após uma tentativa de furto em uma empresa de telemarketing e que – atualmente – trabalhava como metalúrgico. “Ele me chamou para dar uma volta… Sabia que era um assalto”, relatou.
Questionado se havia alguma mensagem para familiares do Major, ele se limitou a dizer: “Não tenho palavras”.
Polícia confirma versão
O coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Baretta, confirmou a versão do preso. Segundo ele, o depoimento de Iranilson e do filho do Major – que presenciou a abordagem dos suspeitos – coincidem.
O delegado disse que, segundo depoimentos, a vítima e seu filho estavam próximos ao ponto final dos ônibus do bairro São Sebastião, região do Deus Quer, zona Sudeste de Teresina. Os dois aguardavam a filha do Major que voltava da faculdade.
“O filho nos contou que os dois estavam dentro do carro e resolveram sair por conta do calor. Eles ficaram encostados no veículo, mexendo no celular. O filho estava ouvindo música, enquanto o major conferia mensagens”, disse Baretta. Neste momento, dois homens em uma moto abordaram o policial.
Em depoimento, Iranilson disse que passou pelo veículo e Candomblé saltou da moto. Em seguida, ele ouviu o policial militar ser baleado. Ele foi atingido no peito esquerdo. Exames realizados no Instituto Médico Legal (IML) apontaram que o tiro transfixou o coração.
“O Iranilson relatou que o Candomblé já subiu na moto dizendo: ‘deu errado; ele é polícia’, e os dois fugiram”, disse o delegado.
O coordenador da DH destacou que o militar sequer conseguiu efetuar um disparo. O filho da vítima declarou que, após ser baleado, o pai já caiu com o rosto no chão. Ele chegou a tentar socorrer e colocou o pai sobre suas pernas. Uma viatura fez o transporte, mas o policial não resistiu.
Matéria original 7h50
Um dos suspeitos de participação na morte do major Mayron Moura Soares, 44 anos, comandante do 1º BPM, foi preso na madrugada desta quarta-feira (22). Iranilson Pereira dos Santos, 29 anos, foi localizado na própria residência, situada na região do Grande Dirceu, mesma área onde ocorreu o crime.
Na casa foi apreendida a motocicleta (placa LWE 2844/ Parnaíba) usada pelo suspeito e o comparsa- identificado como Alisson Candomblé- que ainda não foi localizado. O major foi alvejado enquanto esperava a filha na parada de ônibus. Ele foi atingido com um tiro no peito esquerdo e foi levado com vida para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu. Da vítima foi roubado apenas o telefone funcional.
Após atirarem contra o comandante, os suspeitos empreenderam fuga e teriam roubado também pertences pessoais de um rapaz que andava de bicicleta.
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto, lamentou a perda do companheiro de farda e disse que a PM tem se empenhado em manter a segurança, mas a sensação é de ‘enxugar gelo’. Iranilson Pereira foi preso, recentemente, e era monitorado por tornozeleira eletrônica.
“Quero externar a profunda dor que sentimos sempre que perdemos um companheiro, um grande amigo companheiro e profissional… nenhum de nós está imune. O suspeito preso usava tornozeleira eletrônica e mesmo assim continuava a cometer crimes com a certeza da impunidade. Não é possível elevar a estima da tropa que está prendendo a mesma pessoa reiteradamente”, lamentou o coronel.
Alisson Candomblé continua sendo procurado e de acordo com o comandante deve ser preso nas próximas horas.
Esta é a segunda morte de PM em Teresina, neste mês. No dia 07 de março, o cabo Valdir Mendonça foi assassinado durante assalto na zona Leste da Capital.
(Do cidadeverde.com)
mais uma vez,isso mostrar que soltar bandido e colocar medidor de pressão digital no pé não da certo,são delinquentes que não deveriam está solto!a quantidade de crimes praticados por quem usa tornozeleiras,é pra as autoridades,repensar e revogar isso!