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Conheça a história da primeira dama do mundo fitness que tem 97 anos; ‘É preciso se mover’

Elaine LaLanne disse que sua vida foi construída sobre a importância do pensamento positivo. Da mesma forma que treina os músculos, disse ela, ela treinou a mente para procurar frestas de esperança quase pela força de vontade.

Elaine LaLanne – que revolucionou o exercício moderno ao lado do marido, Jack – é um modelo para envelhecer bem.

Os exercícios matinais de Elaine LaLanne geralmente começam antes mesmo de ela sair da cama. Deitada em cima das cobertas, ela dá duas dúzias de canivetes. Na pia do banheiro, ela faz flexões inclinadas. Depois de se vestir e aplicar a maquiagem, ela vai para a academia de sua casa, onde sobe uma colina em uma esteira por alguns minutos e faz flexões laterais em uma máquina.

Mas sua maior façanha diária de força acontece acima dos ombros. Aos 97 anos, Elaine lembra a si mesma todas as manhãs: “Você tem que acreditar que pode”. Ela acredita que a crença não apenas a manteve fisicamente ativa, apesar de lesões e obstáculos emocionais, mas também a ajudou a viver a vida de alguém décadas mais jovem. “Tudo começa na mente”, afirma.

O hábito da Elaine de falar em aforismos (“Não é um problema, é uma experiência”; “Você faz o melhor que pode com o equipamento que tem”) é o produto de uma vida inteira tentando inspirar as pessoas a se moverem mais e melhor eles mesmos. Por quase seis décadas, ela foi esposa e sócia de negócios do personalidade televisiva Jack LaLanne, que é amplamente considerado o pai do movimento fitness moderno, e cujo programa de exercícios durou 34 anos, de 1951 a 1985.

— Ela foi a força motriz por trás de Jack — Rick Hersh, agente de talentos de LaLanne por mais de 40 anos.

Embora Jack fosse um showman nato – ele alcançou a fama realizando acrobacias em Muscle Beach, em Santa Monica, na década de 1930 – Elaine preferia trabalhar nos bastidores, apoiando-o e gerenciando seu vasto império de entretenimento e empreendedorismo, que incluía não apenas um programa de TV, mas dezenas de programas de TV de aparelhos de fitness, produtos alimentícios e suplementos, além de uma rede de academias com mais de 100 localidades em todo o país.

Desde a morte de Jack em 2011, no entanto, Elaine (a quem os amigos chamam de LaLa) silenciosamente cultivou seguidores próprios. Ela ainda administra o negócio restante de sua família, a BeFit Enterprises – que vende vídeos de arquivo e memorabilia e licencia o nome LaLanne – em uma fazenda situada entre colinas empoeiradas e gado.

Ela publicou dois livros nos últimos quatro anos e está desenvolvendo um documentário e um longa-metragem com Mark Wahlberg, que assinou contrato para interpretar Jack. E jogadores de longa data da indústria do fitness – a rainha do treino em casa dos anos 1990, Denise Austin, o guru do Tae Bo Billy Blanks, a lenda do fisiculturismo Lou Ferrigno – buscam seu conselho sobre como navegar na vida e nos negócios.

— Ela é quase como uma segunda mãe para mim — conta Ferrigno.

Em julho, na conferência anual da Idea Health & Fitness Association, LaLa caminhou pelos corredores com um sorriso e um andador novinho em folha enquanto um fluxo constante de profissionais de fitness tonificados e vestidos de lycra a paravam para tirar selfies. Por mais de uma década, ela apresentou o Prêmio Jack LaLanne, um prêmio pelo conjunto de sua obra concedido a personalidades do fitness que promovem saúde e exercícios na mídia.

— Muitos dos nossos membros vêm atrás dela — diz Amy Thompson, executiva-chefe da Idea — Talvez tenhamos que mudar o nome para Prêmio Elaine LaLanne — completou.

Elaine disse que desacelerou desde que completou 92 anos. Ela também caiu várias vezes na última década. Mas a força física que ganhou na academia a ajudou a se recuperar.

Junto com seus exercícios diários, Elaine dedica tempo a alongar-se e pendurar-se em uma barra de apoio, deixando seu corpo solto como uma boneca de pano. Ela usa o mesmo equipamento de treino que ela e Jack usaram durante a maior parte de suas vidas, incluindo aparelhos de musculação que Jack projetou na década de 1930 e uma esteira que o casal comprou no início da década de 1970.

— Você tem que se mudar. Se você não se move, você fica imóvel — alerta Elaine.

Com informações do Jornal O GLOBO

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Elias Lacerda

Elias Lacerda

Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade