Com vídeo: Homem quebra vidro de carro de jornalistas em ato pró-Bolsonaro em Teresina
Um casal de jornalistas foi hostilizado e teve o vidro do carro quebrado ao passar pela manifestação do ato pró-Bolsonaro na avenida Raul Lopes, zona Leste de Teresina, na noite deste domingo(21), debaixo da Ponte Estaiada.
“Estávamos voltando do cinema e eu nem sabia que estava tendo esse ato. O sinal fechou e o carro é vermelho. Eles estenderam bandeiras em cima do veículo e viram que não esboçamos reação nenhuma. Então um pediu para abrirmos o vidro. Meu namorado abriu um pouco o dele, achamos que iriam entregar algum panfleto, mas esse homem pegou com as duas mãos e começou a força para abrir todo e o vidro acabou estourando. Eu pensei que fossem matar a gente”, conta a jornalista Glenda Uchôa.
A jornalista disse que ele estava com uma camisa do candidato a presidente Jair Bolsonaro e foi retirada por populares no momento em que a polícia se aproximou.
O coordenador de policiamento do 5º BPM, que estava no momento do incidente, capitão Miguel Welditon, informou que o homem tem cerca de 56 anos e estava com “características que havia ingerido bebida alcoólica”.
“O casal ia passando dentro de um carro, um Renault vermelho, no lado da via que estava liberada e foi parando aos poucos para o pessoal ir passando e um cidadão de 56 anos, com características que tinha ingerido bebida alcoólica e aparentemente fora de si se aproximou e o vidro que estava a meia altura ele puxou o vidro e quebrou, o que gerou certo tumulto. Nós acionamos, o identificamos e como a vítima quis representar pelo dano material o conduzimos até a Central de Flagrantes, juntamente com uma testemunha. Não houve agressão ao casal”, explicou o capitão Welditon.
O homem foi identificado como Antônio Augusto que foi detido e encaminhado à Central de Flagrantes, onde foi realizado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e depois liberado.
Os jornalistas prestaram Boletim de Ocorrência e o carro passou por perícia. “Nós vamos seguir com o processo. Tivemos prejuízo material e emocional também, eu pensei que íamos morrer e sem motivo algum. Só por que o carro é vermelho?”, questiona a jornalista.
Em relação à manifestação, o oficial da PM disse que transcorreu dentro da normalidade. “Chegamos por volta das 17h e só saímos às 20h30 quando a maior parte já havia se dispersado. Fora esse fato do vidro quebrado, não houve nenhum outro registro. Tinha um número de pessoas considerável”, completou o capitão do 5º BPM.
Do cidadeverde.com –
Povo está louco, só pode.