Policial

Morto em São Paulo o maior serial killer do Brasil; Ele é acusado de 70 homicídios

O serial killer que ficou conhecido como “Pedrinho Matador” foi assassinado, na manhã deste domingo (5), em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo. A informação foi confirmada pelo G1 com as polícias civil e militar.

Conforme o portal, dois homens passaram atirando em um carro na Rua José Rodrigues da Costa, no bairro Ponte Grande. Após os disparos, os suspeitos fugiram e mudaram de veículo. O corpo do serial killer ainda está no local.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, em resposta ao Diário do Nordeste, disse apenas que a “Polícia Civil investiga o homicídio de um homem, de 68 anos, na manhã deste domingo (05) em Mogi das Cruzes.  PMs foram chamados para atender a ocorrência na rua José Rodrigues da Costa. A vítima foi atingida por disparos de arma de fogo e os suspeitos fugiram logo após o crime”.

Pedro Rodrigues Filho, de 68 anos, nasceu em uma fazenda em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, conforme informou em entrevista à Revista Época, em 2003.

Ele veio de um núcleo familiar conturbado. A mãe era agredida pelo pai. Em uma dessas agressões, ela já estava grávida de Pedro e o bebê sofreu uma lesão no crânio.

Nesse contexto complicado, ele nunca foi à escola e começou aos 14 anos a vida no crime. Foi aprender a ler já na prisão.

COMO OS CRIMES COMEÇARAM 

Na mesma entrevista à Revista Época, ele relatou que a primeira vez que sentiu vontade de matar foi aos 13 anos, quando brigou com o primo mais velho, empurrando-o para uma prensa de moer cana. Quase o matou.

Aos 14 anos, cometeu o primeiro assassinato: matou o prefeito da cidade após o pai ser demitido do cargo de vigia por suspeita de roubar merenda. A vontade de se vingar era tamanha que também decidiu matar outro vigia por acreditar ser o culpado pelo roubo.

Depois, fugiu para Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Lá, começou a vida no tráfico, determinante para a série de assassinatos que ainda viria a cometer.

QUAIS CRIMES PEDRINHO MATADOR COMETEU 

Ainda segundo a revista, Pedrinho matou três comparsas quando entrou no tráfico. Depois, com a companhia de amigos, matou sete e deixou 13 feridos em uma festa para se vingar da morte de uma namorada e tentar descobrir o autor do crime.

Aos 18 anos, a lista de crimes já era extensa e ele acabou sendo preso. Na prisão, matou 47 homens, incluindo o próprio pai, que estava preso no mesmo local. O pai de Pedro havia matado a mãe por ciúmes.

Em entrevista, ele disse utilizar uma faca na maioria das vezes, mas também matava quebrando o pescoço das vítimas.

O maior assassino em série do Brasil, Pedrinho Matador, fez da ficha criminal com 70 homicídios um negócio. Número, inclusive, que ele contesta por afirmar ter matado mesmo mais de 100 pessoas.

Em 2018, teve a liberdade concedida após 42 anos na prisão. Hoje, com 68 anos, passou mais tempo da vida no sistema prisional. Do lado de fora dos muros de concreto da Penitenciária de São Paulo, se tornou palestrante, lançou um livro e tem um documentário.

Do Diário do Nordeste

 

Faça um Comentário

Elias Lacerda

Elias Lacerda

Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade