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Pesquisa IPEA revela: Timon registrou aumento de 100% nos homicídios de 2019 a 2020

Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado na última  quarta-feira, 23, por meio de uma nota técnica, traz um levantamento que ordena os 120 municípios mais violentos do Brasil.

A série de ocorrências violentas em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), colocou o município como a segunda cidade mais violenta do Brasil. Na lista dos locais mais violentos, o Ceará tem mais três cidades entre os 15 primeiros: Maracanaú (3º), Maranguape (7º) e Juazeiro do Norte (8º).

Para a pesquisa, o Ipea priorizou os 120 municípios com maiores números de homicídios dolosos entre 2018 e 2020, segundo os dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp). No total, o Ceará tem oito municípios no ranking. Além dos já citados, estão também Aquiraz, Fortaleza, Pacajus e Sobral. “É possível verificar que todas UFs apresentam ao menos um município entre os mais violentos. Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco se destacam como os mais contemplados”, aponta o relatório.

O estudo apresenta duas formas de elencar as cidades mais violentas. A primeira atribui uma nota geral, com base na média anual de homicídios e na taxa dessa média por 100 mil habitantes entre 2018 e 2020. Nessa lista, Rio Branco, no Acre, lidera com nota de 10 e uma taxa de 93,4, com 386 homicídios. Em segundo lugar está Caucaia, com 308 homicídios no período, gerando uma nota de 9,7 e uma taxa de 84,2. O terceiro lugar também fica no Ceará, com Maracanaú, diante do registro de 170 assassinatos, taxa de 73,9 e uma nota de 9,5.

Maranguape (7º) e Juazeiro do Norte (8º) também aparecem na lista entre as 15 cidades mais violentas do País. É observado que entre esses municípios com notas gerais mais altas, apenas cinco estão localizados fora da região Nordeste. A distribuição desses 15 municípios por estado: Ceará com quatro, Bahia com três, Acre com dois, Pará com dois e Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Sul com um cada.

Os dados serão utilizados para orientar o Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP) em relação ao Programa Nacional de Enfrentamento de Homicídios e Roubos, que vai ainda ser lançado. O projeto pretende combater a violência urbana, ao articular iniciativas de prevenção e repressão à criminalidade, nas áreas que concentram as maiores taxas de homicídios no território nacional.

“A ordenação dos municípios por essa nota geral trata de forma complementar o número e a taxa de homicídios. Ao dar um peso maior aos municípios com maiores taxas de homicídios, garante que o programa comece nos locais em que a situação é mais grave”, explicam os pesquisadores do Ipea Danilo Coelho, Alexandre Cunha, Henrique Alves e Erivelton Pires Guedes, autores do estudo.

Aumento nos homicídios

O estudo também classifica usando apenas a taxa média de homicídio dolosos entre 2018 e 2020. Nessa distribuição dos 15 municípios mais violentos a partir desta taxa, o Ceará aparece com seis, Bahia, Rio Grande do Norte e Acre com dois, e Pernambuco com um. Cruzeiro do Sul aparece em primeiro lugar, seguido por Rio Branco também no Acre. O ranking continua com quatro cidades do Ceará: Pacajus, Aquiraz e Caucaia.

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De acordo com o levantamento, os municípios cearenses exibem outro destaque negativo: tiveram aumento no número de homicídios entre 2019 e 2020. As duas primeiras posições, Cruzeiro do Sul e Rio Branco, tiveram variações negativas, ou seja, apresentaram diminuição nos números. O estudo analisa também os 12 municípios, entre os 120 mais violentos, com as maiores taxas de variação de homicídios dolosos entre 2019 e 2020.

O Ceará lidera com as três primeiras posições e tem sete municípios, dos oito totais considerados na pesquisa, na lista. Pacajus saiu de 28 homicídios em 2019 para 82 em 2020, um aumento de 193%. Aquiraz aparece em segundo lugar, com salto de 35 (2019) para 89 (2020), aumento de 154%. Sobral, indo de 57 (2019) para 118 (2020), crescimento de 107%, é o terceiro lugar.

Timon apresentou um crescimento de 100% nos homicídios de 2019 a 2020. Veja abaixo:

Além desses critérios, o estudo também sugere levar em conta aspectos institucionais, relacionados ao envolvimento, cooperação e adesão aos esforços de enfrentamento da criminalidade violenta nos níveis subnacionais. Os pesquisadores apontam ainda a orientação de que seja criado um diálogo e negociação tripartite entre as esferas governamentais, e o envolvimento do Judiciário e do Ministério Público, para contenção da violência.

 

De O Povo

3 Comentários

  1. A raiz dessa complexa e triste problematica se chama exclusao social. A cidade cresceu muito. Nao houve desenvolvimento economico. Nao ha empregos, renda. A prefeitura e um cabide de empregos, como mostrou pesquisa da Firjan em 2020 – a cidade mais insustentavel do Brasil. E fronteirica. Nao houve e nao ha politicas publicas bem articuladas de combate a criminalidade que incluam seguranca publica, desenv economico e social, educacao. As faccoes criminosas ja dominaram tudo. Deixaram acontecer. Jogam panos quentes, ao inves de enfrentar de frente problema tao grave. Tem lugares em Timon que a policia nao entra, nao vai. O exodo rural contribui, sendo que nossas grandes potencialidades estao ali. Nao ha investimentos, compreensao, comprometimento. Finalizo sugerindo o mesmo livro que sugeri ao comandante Schnneyder em 2020 e seus organizadores de campanha: de Medellin a Bogota. Cidade de maior porte mais insustentavel do Brasil e a quarta com maior aumento de homicidios e muito triste. So posso torcer muito. Isso nao se criou do nada. E resultado de falta de politicas publicas de varias gestoeso. Eis a critica construtiva.

  2. Se nada for feito, sombrio será o futuro de Timon! Imaginemos nossa cidade daqui nos próximos cinco, dez, quinze anos. Timon reflete tudo isso por estar do lado de uma capital. Timon é vitima de um “complô” que teve inicio em meados do séc. XIX quando os piauienses fundaram sua capital na fronteira com o Maranhao (acho que isso deveria ser proibido) ocasionando uma serie de problemas futuros para o Maranhão. Como por exemplo: a evasão de divisas, acomodação dos governantes e da própria sociedade. Isso gerou uma terrível falácia que é aquela que diz que Timon é um bairro de Teresina. Então, as pessoas pensam se Timon é um bairro de Teresina, eu posso gastar meu dinheiro na capital piauiense sem problema. Ao longo do Tempo alguns cinicos na imprensa piauiense insinuam que Timon leva problemas para Teresina. Será? ou é o contrário? Que problemas nossa cidade geraria para Teresina? Seria na área da saúde? Seria enviando ladrões para assaltar no centro da capital piauiense? Imaginemos a quantidade de recursos que Timon gerou por meio de impostos aos cofres da Prefeitura de Teresina e ao tesouro do estado do Piaui. Dos anos 70 pra cá. Mas alguem pode dizer: eu posso gastar meu dinheiro onde me der na telha! Isso é verdade! Ninguem pega dinheiro no chão. Deve-se ir onde houver um preço atraente. É verdade! Mas, não é necessariamente sob esse ponto de vista que me refiro. Refiro-me há algo conjuntural e cultural. O timonense tem que entender que todos o recursos gerados para o Piauí por meio de impostos não podem retornar a Timon, porque existe uma divisão geopolítica no rio parnaiba. Será que a prefeitura de timon se preocupa-se em fazer algum estudo sobre isso, geram alguma estatística, pra montar um plano de ação? Ou será que os próprios politicos timonense despejam seu dinheiro também no comércio piauiense? A cidade de Timon é vitima de uma favelização desordenada. Quase toda semana há uma “invasão” nova. De onde vem essas pessoas? Será que são timonenses? Provavelmente a maioria não. Não se deve condenar uma pessoa que está em uma situação vulnerável, em busca de uma moradia, seja timonense ou não. No entanto, isso gera um problema grave. Estas pessoas precisam de escolas, calçamento, creches, policiamento etc. Como Timon terá condições de investir para tentar conter a violência? Como se Timon vive gerando recursos por meio de impostos para o Piauí? Teresina fica com os recursos e Timon em muitos casos fica com a demanda de Teresinenses que atravessam o rio em busca de moradia? Eu ouço os políticos Timon dizerem que o comércio de nossa cidade é forte. Ledo engano. Dizem isso porque talvez não tem noção do volume da evasão de divisas que ocorre diariamente de nossa cidade.O comércio de Timon não é punjante. Punjante ele deve se tornar, caso contrário… Por exemplo, em nossa cidade uma grande porcentagem da população é evangélica, e se utilizam bastante daquilo que chaman de louvor, portanto utilizam muito os instrumentos musicais. Mas, se tiverem que comprar um violão, uma bateria, um teclado, uma mesa de som etc. na cidade não tem (pelo menos não conheço). Mas para que ter isso em Timon, se Teresina tá lado? É só atravessar o rio. Veja só que.comodidade. Mas, então se olha para o centro comercial de Timon, na região da rodoviária e o que se vê é bizarro. Esgoto a ceu aberto, lixo, confusão no trânsito etc. Sabemos que a falta de investimentos em infraestrutura, na geração de emprego e renda, em cultura gera problemas gravíssimos. O que dizer dos políticos? Timon não tem outra alternativa a não ser agigantar-se, mas isso no sentido de desenvolvimento. Timon tem que procurar força política dentro do estado do Maranhão. No medio prazo deve procurar fazer um senador e depois ou antes um governador. O timonense deve buscar eleger pessoas daqui para ficar mais fácil de fiscalizar e exigi as ações, para que por meio disso possa ter força política. Se não uma mudança urgente da mentalidade timonense. Nossa cidade não terá futuro. Devemos começar pelo começo, considerando que Timon é um cidade maranhense e que portanto deve gerar recursos para o tesouro estadual, seja agora ou daqui a cinquenta anos. Destrua em sua mente o “canto da sereia” que diz ser Timon um “bairro” de Teresina, pois isso favorece a capital piauiense e os políticos acomodados de Timon, mas prejudica o Timonense. E quando aquele que dizem: mas Timon funciona ainda em muita coisa como um “bairro” de Teresina, eu pergunto, por que tal coisa acontece? E para aqueles que insistem com esse discurso eu digo: Não foi Timon, deslocou-se até Oreiras( antiga capital piauiense), foi a capital piauiense que deslocou-se até o leste do Maranhão. Portanto, aquilo que se tornou Timon, está onde sempre esteve. Sendo assim, não é Timon que é quase em Teresina, mas sim, a capital piauiense que é quase no estado do Maranhão. A relação de Timon- Teresina deve ser amizade mútua na resolução dos problemas, mas não nisso que tem acontecido ao longo das décadas, Timon gera recursos para a capital piauiense em detrimento se si mesma.

  3. TIMON….NOS AMAMOS ….E PEDIMOS PAZ….A VIOLENCIA E ESTUPIDA…PESSOAS DROGADAS….E UM HOTEL PARA O S MARGINAIS ….PESSOAS TOMAM CARRO E MOTOS…COM ARMA COMO FOSSE NORMAL…A NOSSA POLICIA MILITAR…CORRE NOITE E DIA PARA PRENDER…PEDIMOS UMA REUNIAO COM O COMANDO…A PALAVRA E POLICIA PRENDE…COM DUAS HORAS TA SOLTO…QUANDO LIGA UM NOVO ASSALTO….AS MESMAS PESSOAS …UM MILITAR ME DISSE EM SEGREDO…NOSSO GOVERNADOR TEM QUE NOS AJUDAR VOTAMOS NELES AKI FALTA TUDO..NOS COMERCIENTES ESTAMOS ACOADOS ….PEDIMOS A FORÇA NACIONAL.. O GRANDE PARQUE ALVORADA …CIDADE NOVO E VILA DO BEC…E PRECISO UNIAO DOS POLITICOS …CONTRA A VIOLENCIA ABSURDA….NINGUEM ENTRA NA CIDADE NOVA DEPOIS DA DEZ DA NOITE…ELES JA ESTAO ATIRANDO NA POLICIA ..PEDIMOS AO POLICOS MAIS PRINCIPALMENTE AO DEPUTADO RAFAEL LEITOA ..UMA POSIÇAO .QUE E LIDER DO GOVERNO….NO MARANHAO……PRECISAMOS QUE O GOVERNDOR FAÇA UM PLANO PARA TIMON ..ASSOCIADOS COM O PIAUI..

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Elias Lacerda

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Elias Lacerda
Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade