Preso suspeito de matar policial que deixou patrimônio de 20 milhões no Goiás

Mateus Nascimento (foto acima) , 26 anos, foi preso, na tarde desta terça-feira (22/8), em Florianópolis, Santa Catarina. O homem é suspeito de participar do assassinato do policial militar de Goiás da reserva Jacob Vieira da Silva, 60 anos, e estava foragido. Ele e o enteado da vítima, Bruno Oliveira Ramos, que já está preso, teriam matado o PM por uma suposta dívida de R$ 750 mil (reveja o caso clicando aqui).

A prisão do homem ocorre após quase um mês de investigação em conjunto entre a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC). O suspeito foi encontrado pelas autoridades com duas armas pistolas, mais de 500 munições, quantias em dinheiro e diversos equipamentos eletrônicos.

Em junho, os investigadores da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Mateus. O imóvel, no bairro Jardim Ingá, em Luziânia (GO), estava completamente vazio, e o suspeito havia se mudado. Bruno foi preso temporariamente no dia 26 de julho, após se entregar na delegacia.

Em depoimento prestado à Polícia Civil de Goiás (PCGO), antes de ser considerado suspeito, Mateus disse ter se encontrado com Jacob no dia do desaparecimento do PM.

Acima o policial da reserva Jacob Vieira da Silva que foi morto e deixou um patrimônio de 20 milhões.

“O Mateus fala que encontrou Jacob na BR-040, próximo à casa dele [do PM], e entregou uma quantia de R$ 15 mil de juros referentes a um empréstimo de R$ 150 mil. Depois disso, não teria mais visto o policial”, afirmou o delegado chefe-adjunto da 33ª DP, Renato Ribeiro Martins, à frente das investigações.

Mateus conheceu Jacob por meio de Bruno, cerca de três meses antes de morrer, e teria se tornado um dos homens de confiança do policial militar da reserva. O jovem tinha registros criminais em Goiás pelos crimes de estelionato, dano, desacato e falsificação de selo público.

Crime premeditado

Acima os suspeitos presos: Bruno e Mateus.

As investigações da 33ª DP revelaram que o suspeito teria sido atraído para uma emboscada antes de ser assassinado. Na data em que Jacob desapareceu, o PM teria combinado de encontrar um dos suspeitos de cometer o crime para receber os juros de um empréstimo.

O delegado Renato Ribeiro afirmou que os suspeitos esganaram Jacob e, depois de ele desmaiar, executaram-no com dois tiros, um de cada lado da cabeça, e o jogaram em uma cisterna, no sítio de Bruno.

Após receberem uma denúncia anônima sobre mau cheiro em uma chácara na Cidade Ocidental (GO), policiais encontraram o corpo de Jacob, em 17 de julho último.

Empréstimos

O delegado Renato Ribeiro detalhou que Jacob havia emprestado para Mateus R$ 600 mil, repassados por meio de quatro transferências bancárias. Em depoimento, Bruno negou saber do dinheiro.

“[Mateus] era um homem de negócios, geralmente vinculado a prefeituras. Ele pegava [empréstimos de] pessoas de confiança e colocava as coisas [bens] nos nomes delas”, comentou o delegado.

Bruno trabalhava com a vítima havia cerca de seis anos, na Cooperativa de Transportes de Cidade Ocidental (Cooptrocid-GO), da qual Jacob era um dos donos.

Na data em que desapareceu, Jacob faria vistoria em um ônibus em Planaltina (GO). No entanto, teria recebido uma ligação com aviso de que o serviço ocorreria, na verdade, na Cidade Ocidental (GO), onde fica a chácara de Bruno.

Imagens de câmeras de segurança do condomínio onde morava o policial militar da reserva, em Santa Maria, registraram os últimos passos dele antes de desaparecer, em 10 de julho de 2023.

Nas gravações, é possível ver o momento em que o carro que levaria o PM até o local da vistoria, um Ford Ka branco, chega à casa dele. As investigações revelaram que o veículo era do mesmo modelo e da mesma cor que o carro de Mateus.

Contudo, a placa do automóvel que aparece no vídeo era clonada, e o carro não tinha adesivos característicos do veículo do suspeito.

 

Do Metrópoles

Elias Lacerda

Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade

Um comentário em “Preso suspeito de matar policial que deixou patrimônio de 20 milhões no Goiás

  1. QUando a AGERT o MP e a Prefeitura de Timon vai fiscalizar a águas de timon?
    Av. Francisco Carlos Jansen cheia de buracos, v´rias ruas do Parque Piaui tbm e eles não tem a responsabilidade de fechar de forma adequada o que eles cavam

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *