Polícia civil de Timon tem 300 mandados de prisão por atraso no pagamento de pensão
Acima o delegado Antonio Valente mexendo na pilha de processos com mandado de prisão por atraso no pagamento de pensão alimentícia.
A cidade de Timon tem aproximadamente 300 mandados de prisão em aberto para serem cumpridos contra pessoas que estão com atraso no pagamento de pensão. A revelação foi feita ao eliaslacerda.com pelo delegado regional em Timon, Antônio Valente.
De acordo com o delegado, devido a grande quantidade de mandados, os policiais civis não tem como cumprir todos eles. “As prisões civis em decorrência de inadimplência por pensão alimentícia é um problema sério, pois se formos prender todos os inadimplentes solicitados pela justiça não temos como fazer de uma só vez. Por conta disso, estamos dando prioridades aqueles reclamantes que tem procurado a delegacia ou que a justiça determina maior celeridade”, explicou o delegado regional.
Antonio Valente salienta que os presos por pensão alimentícia não podem ser colocados em celas com outros presos comuns. Necessitam de cela específica. Ele chega a brincar com a situação lembrando que se fosse cumprir todos os mandados por atraso no pagamento de pensões, teria que haver um presídio específico só para eles.
Mesmo com a conversa descontraída sobre o assunto, o delegado lembra que dentro da medida do possível, os mandatos estão sendo cumpridos e vários dos que estão com atraso no pagamento de pensões já foram presos neste ano e continuarão muitos outros sendo detidos e levados para a delegacia do 3º, local escolhido para essas detenções, mas que não há espaço suficiente para levar todos.
Valente diz que já sugeriu ao judiciário local que articule junto a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado para seja criada uma sala dentro do presídio só para esses presos com atraso de pensão. “Esses presos, com raríssimas exceções, não demoram muito. Comumente são soltos logo após serem presos, pois providenciam o pagamento e ganham a liberdade ”, explicou o delegado.
