Integrantes da Executiva Nacional do PSB reunidos em Brasília (Foto: Gustavo Maia/UOL)
A executiva nacional do PSB decidiu partir para a oposição e pedir a renúncia do presidente Michel Temer. A informação foi divulgada neste sábado (20) pelo Jornal O Globo.
Para a cúpula da sigla, Temer perdeu as condições de governar e deve abrir mão do cargo. O PSB também resolveu que irá fechar questão em favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), que antecipa as eleições diretas para presidente da República, que já vem sendo apelidada de “emenda das Diretas já”.
Pela Constituição, em caso de vacância da cadeira de presidente a menos de dois anos do fim do mandato tem de ser feita uma eleição indireta na qual apenas deputados e senadores votam.
O Cidadeverde.com tentou contato com o presidente do PSB no Piauí, o ex-governador Wilson Martins, mas até o momento não conseguiu retorno.
Já deputado federal Rodrigo Martins – também do PSB – informou apenas que “a ida para a oposição é uma possibilidade real, caso se confirme o que foi delatado (contra o atual presidente da República)”.
Além disso, Rodrigo disse que a decisão foi da Executiva do PSB e que na próxima segunda (22) as bancadas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados vão se reunir para discutir a situação de maneira conjunta.
Na entrevista do O Globo, o secretário-geral do PSB, Renato Casagrande, afirmou que “o PSB tomará uma decisão de sugerir a renúncia do presidente, porque ele perdeu as condições de governar o país. Dentro desse ambiente de renúncia, que é uma decisão dele, pessoal, ou no caso de vacância do cargo, o PSB defende o respeito à Constituição, fortalecerá e fechará questão com relação à votação da emenda das Diretas Já”, complementando em seguida: “Quem conclui que o presidente não tem mais condições de liderar um projeto nacional, se coloca de fato na oposição”.
Desde a revelação pelo GLOBO da delação do dono da JBS, que gravou Temer tratando de mesada para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha em troca de seu silêncio, outros partidos decidiram abandonar o Palácio do Planalto. O PTN já se declarou como oposição e o PHS se reunirá para cravar uma posição que tende a ser nesse sentido. O PPS, que tinha dois ministérios, chegou a se manifestar pela renúncia de Temer e entregou um dos ministérios, o da Cultura, até quinta-feira comandado por Roberto Freire.