Saiba porque o PT de Timon deixou Luciano Leitoa e ficou com Alexandre Almeida
Foi o eliaslacerda.com o primeiro veículo de comunicação a divulgar ainda na última sexta-feira (20) que a direção nacional do PT estava determinando que o partido deixasse Luciano Leitoa e marchasse com Alexandre Almeida. Nesta segunda-feira foi confirmado o que previmos: O partido, através da direção nacional confirmou a decisão e a sigla ficará mesmo com Alexandre Almeida.
Estava tudo certo que o partido ficaria com Luciano Leitoa. Foi realizada convenção e o governador Flávio Dino ajudou a manter o partido na base dos Leitoas. Entretanto, de acordo com fontes do eliaslacerda.com, um fato novo foi preponderante para mudar os rumos do partido em Timon: A votação do Impeachment da presidente Dilma Roussef, que tem seu roteiro iniciado na próxima quinta-feira, dia 25.
Nos bastidores conta-se que intercederam a favor do deputado Alexandre Almeida os senadores Roberto Rocha, que apesar de ter sido eleito com o apoio de Flávio Dino no estado e pelo grupo Leitoa em Timon, já há algum tempo mede força com o prefeito de Timon para ter o controle do PSB no Maranhão e a ele interessa, claro, o enfraquecimento de Luciano nesta eleição. Também teria ajudado os senadores João Alberto e Lobão, do PMDB..
Informações de bastidores dão conta que os senadores maranhenses teriam prometido votar no senado contra o afastamento de Dilma Roussef se o PT marchasse politicamente em alguns municípios com forças alinhadas politicamente aos três senadores. Como Roberto Rocha tem tomado posições de oposição a Flávio Dino e vem mantendo muito boas relações com lideranças do grupo Sarney no estado, o acordo para empurrar o PT de Timon para as oposições não foi nada difícil de ser acordado com João Alberto e Lobão.
No acordo feito com a direção nacional do PT teriam sido incluídas várias cidades. Entre elas estariam Timon, Pinheiro e Imperatriz.
Com um acordo desses nem Flávio Dino, o mais fiel dos governadores ao mandato de Dilma Roussef, pode fazer nada para segurar o PT com Luciano Leitoa.
Por esta razão agora o PT ficará com Alexandre Almeida. Agora, não havendo nenhuma decisão judicial que possa mudar novamente os rumos do partido, o deputado com a aquisição ultrapassará em um ou dois minutos o seu adversário no tempo de televisão na propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
Jornalista previu a movimentação dos senadores Roberto Rocha, João Alberto e Lobão
O jornalista Ribamar Correia, na sua coluna Repórter Tempo do último dia 20, foi o primeiro a publicar matéria sobre os movimentos dos três senadores do Maranhão que parecem interessados em votar contra a cassação da presidente Dilma Roussef. Veja a matéria dele completa abaixo com o título e entenda melhor o que pode está acontecendo em Brasília e os reflexos que teve em Timon:
João Alberto, Edison Lobão e Roberto Rocha têm razões para se posicionar a favor ou contra o processo de impeachment de Dilma
No vai-vem das posições muito comum nos últimos dias no Brasil, vem à tona agora a informação, ainda imprecisa, segundo a qual os três senadores maranhenses votarão a favor do impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT). Pelo que está sendo ventilado nos bastidores e nos mais diversos canais de informação, João Alberto (PMDB), Edison Lobão (PMDB) e Roberto Rocha (PSB) já estariam decididos a tomar essa posição, mesmo antes de o processo ser instaurado no Senado da República. Tal definição não surpreende, pois afinal, tudo o que já foi escrito e dito acerca do conteúdo da denúncia que alveja a presidente da República é mais que suficiente para que os parlamentares diretamente envolvidos, que encaram suas atividades com responsabilidade, já tenham formado um juízo a favor ou contra o impeachment. Os senadores João Alberto, Edison Lobão e Roberto Rocha são políticos experientes, acostumados a embates políticos de peso e com visão larga o suficiente para se posicionarem sem maiores problemas.
O senador João Alberto, que vinha resistindo a fortes pressões do seu o seu partido para apoiar o processo de impeachment, por entender que a acusação não tem base legal e que o que está em curso é um movimento político destinado a derrubar o Governo, pode perfeitamente redefinir seu posicionamento. E tem várias razões para, se for o caso, rever a argumentação que vinha orientando sua posição. A primeira delas: o apelo para que vote pelo impeachment vem do seu partido, o PMDB, o que significa dizer que, no caso, o senador seria parte de uma dissidência que agora estará retornando ao leito da sua agremiação partidária, situação que obedece a uma lógica política, à medida que ele é um pemedebista dos mais afinados com a linha de ação do partido. Outra razão para justificar a provável redefinição da sua posição é o fato de que o senador não tem maiores ligações com o PT, embora tenha respeitado integralmente a aliança PMDB/PT no Maranhão. E finalmente, na observação de um aliado, o senador João Alberto já fez a sua parte pró-Dilma quando avalizou o voto “não ao impeachment” dado pelo deputado federal João Marcelo Souza. Se, numa hipótese remota, decidir votar a favor da presidente, o senador o fará muito à vontade, mesmo contrariando o seu partido.
A situação do senador Edison Lobão é rigorosamente diferente, podendo ser considera excepcional. Lobão foi ministro de Minas e Energia nos dois últimos anos do Governo Lula e em todo o primeiro Governo Dilma, teve participação importante nos momentos bons e ruins das duas gestões, e hoje amarga uma situação incômoda, com seu nome envolvido no escandaloso esquema de corrupção na Petrobras. Com a experiência de quem já enfrentou enormes dificuldades políticas e que agora se vê numa espécie de encruzilhada, principalmente por estar na alçada da mira da Operação Lava Jato. Se decidir motivado pelo fato de ter sido ministro de proas por mais de cinco anos e de ter, nesse período, criado laços de amizade com a presidente Dilma Rousseff, Lobão certamente votará contra o impeachment. Mas se, ao invés disso, optar por seguir a orientação do PMDB, na perspectiva de ter um presidente do seu partido, Michel Temer, e pressionado por amigos e aliados, Lobão votará pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Nesse contexto, Edison Lobão vive uma situação ao mesmo tempo delicada e incômoda. Mas a julgar pelo que está circulando nos bastidores, o senador e ex-ministro tende a votar de acordo com a orientação do PMDB, que é pelo impedimento da presidente.
O senador Roberto Rocha tem a situação mais confortável em relação ao processo de impeachment da presidente Dilma. Em princípio, o senador deve votar pelo impedimento da presidente, de acordo com a orientação do seu partido, o PSB. Por outro lado, Roberto Rocha poderá ouvir um apelo do governador Flávio Dino (PCdoB), que certamente não atenderá, porque ele não tem emitido sinais evidentes de simpatia pela presidente República. Roberto Rocha é um parlamentar jovem, pragmático, que faz uma política de resultados e que dificilmente se deixará encantar por acenos que o levem a tomar uma posição desastrada. Visivelmente empenhado em pavimentar estradas que o levem ao Palácio dos Leões em 2018 ou em 2022, ou à Prefeitura de São Luís em 2020, Rocha está muito à vontade nesse processo, a começar pelo fato de que nada o liga à situação dramática do Governo Dilma, que ele julgará em breve. Daí ser lógico se ele optar pelo impeachment que entronize o vice-presidente na cadeira principal do Palácio do Planalto..
No Senado, que é uma Casa revisora e tem um colégio eleitoral bem menor, é também um campo de batalha onde estratégias podem dar certo ou fracassar redondamente; onde decisões são negociadas, de modo que nenhum senador vai se dobrar tão facilmente a pressões.