Leia Tempo – um artigo escrito por timonense
As paredes da casa de outra cor. E paredes fora do lugar. E os risos acumulados na estante. E o vaso de flores silencioso. E os retratos fiéis ao tempo em que nasceram. E os sons de cada amanhecer se mesclando ao alívio de poder ouvi-los de novo. Iguais. Apesar de mesmo sua voz está diferente e menos jovial e as nuvens espessas trazerem outro clima. E as malas indecisas. A velha máquina de costurar. E um brilho tênue. E quantas coisas se propuseram a ser. E quantos dias se tornaram infinitos.E a gratidão que borbulha. E os olhos de seus irmãos, numa lembrança genuína. A cor dos azulejos. Os discos pendurados em seu quarto. E os retalhos de cada coisa vivida e amada. E o desgosto pelas coisas fúteis, que nunca trouxeram de volta o amor investido, desrespeitando as severas leis da natureza.