Em meio ao isolamento social, o dia a dia de todas as pessoas foi afetado, mas para quem tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) mudar a rotina pode ser muito complicado. Mas como criar uma nova rotina dentro de casa e que, principalmente, leve em consideração as atividades escolares?

Pensando nisso, a coordenação de Educação Especial da secretaria municipal de Educação (Semed) tem orientando aos pais que tentem manter uma rotina de atividades pedagógicas com os filhos, estabelecendo horários específicos.”Nós não podemos quebrar a rotina desses estudantes. Se o aluno autista frequenta a escola pela manhã, por exemplo, nesse mesmo horário a família ou responsável improvisa uma mesa que lembre o ambiente em sala de aula e desenvolve uma atividade para que ele possa fazer para não quebrar esse ritmo. Especialmente porque se não houver essa rotina, quando houver o retorno para a sala de aula, ele vai sentir ainda mais dificuldade”, explica a coordenadora de educação especial da Semed, Leda Maria Alves.

A coordenadora ainda destaca, que as atividades pedagógicas e as brincadeiras lúdicas são essenciais para o desenvolvimento intelectual do estudantes e manter a rotina, mantem a sensação de segurança e os deixa menos ansiosos e agitados. Além disso, o aluno precisa entender o motivo de não está saindo de casa. Para ajudar nessa explicação existem na internet vários vídeos, quadrinhos e joguinhos sobre o vírus para as crianças. “Os estudantes com TEA precisam entender o motivo dessa rotina ter sido alterada até para que possa se adaptar a essa nova realidade em casa”, lembra Leda.

Cleide Santana é mãe de Igor, que tem paralisia cerebral e autismo, e durante estes dias sem aulas ela e o pai incluíram na rotina do filho algumas atividades pedagógicas. “Percebi que ele se sentiu muito feliz e seguro pela atenção que estamos dando para ele. E com essas ações estamos passando para ele sentimentos de dedicação, segurança e amor, contribuindo assim para o aprendizado dele”, relata a mãe.

Da assessoria