Confira quais foram as igrejas evangélicas que mais cresceram no Brasil na última década

Divididos entre pentecostais, neopentecostais e missionários, templos evangélicos tiveram grande salto nos últimos dez anos

Os evangélicos vêm crescendo em número de forma surpreendente no Brasil, podendo chegar já a 30% da população, conforme estima o Censo 2022. Algumas das igrejas também têm acompanhado a expansão dos fiéis, dobrando o número de templos na última década.

Atualmente existem mais de 100 mil igrejas. As líderes em abertura de templos na década passada foram as pentecostais, tendo em primeiro lugar a Assembleia de Deus que, entre 2010 e 2019, inaugurou mais de 9 mil igrejas em todo o território nacional, uma disparada de 115% em dez anos. Ela é seguida pela Congregação Cristã no Brasil, com 3.445 novas igrejas na última década (alta de 92%). A terceira posição é ocupada pela Igreja Cristã Maranata, que inaugurou 1.530 templos (avanço de 35%).

Em segundo lugar no ranking da expansão, vieram as denominações neopentecostais. A neopentecostal brasileira mais conhecida, a Igreja Universal do Reino de Deus, inaugurou 2.515 templos entre 2010 e 2019. Outra denominação famosa neste grupo é a Igreja Mundial do Poder de Deus, criadora de 2.310 locais de culto no mesmo período.

O terceiro grupo evangélico que mais se expandiu foram as igrejas missionárias (Adventista, Metodista, Luterana, Batista, Anglicana, Menonita e Presbiteriana compõem esta categoria). Este grupo inclue algumas das mais antigas igrejas evangélicas do país, mas a vertente cresceu relativamente pouco na última década, registrando cerca de 53% de novas igrejas comparando com 76% das neopentecostais e quase 98% das pentecostais. Segundo o Veja, a desaceleração das missionárias é resultado de suas estruturas mais engessadas e hierarquizadas, semelhantes ao catolicismo, que dificulti a reprodução das igrejas em ritmo tão arrebatador quando as outras denominações.

 

Da revista Veja

Elias Lacerda

Jornalista apaixonado pela notícia e a verdade

2 comentários sobre “Confira quais foram as igrejas evangélicas que mais cresceram no Brasil na última década

  1. É um fenômeno a expansão das denominações religiosas, se bem que, em minha opinião não é uma surpresa, pois dentre outras coisas o que faz algo crescer é sua propagação, isto é sua propaganda. Nas últimas décadas isso foi feito com muita competência. Algo que também explodiu com as redes sociais. Acredito que isto também tem a ver diretamente com a situação social do país. Certo, que cada denominação tem sua particularidade, mas em um sentido geral estas tem uma forma muito inteligente de se organizarem. Acho que do ponto de vista social é uma das melhores formas de se organizar uma comunidade. A estrutura organizacional destas coloca proteção aos indivíduos pertencentes a elas, seja com amizades, sensação de pertencimento, de compartilhamento de experiências, e em muitos casos até de compartilhamento de bens essenciais à sobrevivência de uma pessoa (no meu entender, em um país como o Brasil, é uma formula imbatível). Quando eu era criança/adolescente via os religiosos como pessoas “superiores” e totalmente confiáveis. Hoje sei que não é bem assim, pois nessas instituição há até pessoas extremamente perigosas, mas em um sentido geral até que se provem o contrário parece-me que existe um benefícios sociais e emocional para seus adeptos. No passado cheguei a pensar que cristianismo e evangelho fossem a mesma coisa. Hoje sei que não, mas sim duas coisas diferente e até mesmo antagônicas. Para mim ficou evidente nesses últimos anos em que denominações religiosas estiveram no debate político. E a partir de agora, será assim. Mas em relação ao benefício que as denominações podem trazer pra sociedade como um todo? Nesse sentido, se os líderes religiosos de fato quiserem beneficiar toda a sociedade, acredito que mudanças profundas terão que ser propostas nos próximos anos, porque crescer em números, não significa necessariamente crescer em qualidade, nesse sentido acredito que algo deve ser repensando por seus líderes. Como sociedade precisamos saber se o objetivo, é levar o evangelho e portanto em meu entender algo positivo, ou apenas uma proposta de poder sobre a sociedade. Nesse sentido fico refletindo qual seria melhor para o Brasil como sociedade, se seria o Catolicismo Romano, ou se as denominações evangélicas. No meu entender ambas as vertentes tem vantagens e desvantagens. Parece que o Catolicismo incentiva demasiadamente a pobreza e as denominações evangélicas o contrário. Nesse sentido acredito que seria bom um equilíbrio em ambas. Num país como o Brasil, como cidadão não religioso acredito atualmente que o Catolicismo com alguns “aperfeicoamentos” seria o ideal para a sociedade (em meu entender), mas se deve lidar com a realidade, que é esta que se apresenta. Sendo assim, a sociedade brasileira no futuro talvez distante podera passar por uma mudança profunda, de acordo com o caminho que esta tomar nas próximas décadas do ponto de vista religioso. Atualmente já existem até os chamados “traficantes evangelicos” em atuação. É um problema que as denominações religiosas terão que enfrentar no futuro. No meu entender as denominações não deveriam ser tão fechadas, mas também não poderiam abrir mão de certa rigidez, sob pena de a sociedade sofrer as consequências, talvez até irremediáveis!.

  2. Algo bom ocorrem nessas igrejas . Agora, envolver à palavra de Deus pra arrecadar dinheiro pra fins particulares e não coletivos. Isto é preocupante.
    Roubo e a inveja ambos quebra à ética . Aqueles levam ao pecado , Além do castigo de Deus.

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