Em seu depoimento, o policial alegou que o médico tentou desarma-lo e logo depois efetuou um disparo, entretanto, o exame concluiu que não tem compatibilidade ente a lesão apresentada pelo PM e o seu relato com a versão do tiro acidental.
O corpo de delito ocorreu, durante o último dia 30, após o PM prestar um novo depoimento, onde manteve a versão de tiro acidental, porém, acrescentou ao depoimento um novo elemento, onde afirmava ter sido atingido por um chute de Bruno Calaça, antes do disparo. Esse testemunho foi desmentindo pelo irmão de Bruno.
De acordo com a Delegacia de Homicídios, a lesão foi confrontada com trechos do depoimento e cenas do videos gravados pela câmera de segurança. Adonias continua preso e aguarda conclusão do processo do conselho de disciplina da policia militar.
Irmãos e entidades lamentaram a morte do médico
Os irmãos de Bruno, que estava há cerca de 10 dias formado em uma faculdade de medicina do Tocantins, lamentaram a morte nas redes sociais e contaram o quanto o jovem estava feliz com a formatura.
“Meu irmãozinho, você sempre estará em meu coração e a memória que fica é desse cara íntegro, acolhedor, amoroso e a pessoa com o coração mais puro que já conheci na vida. É difícil entender os planos de Deus, mas sei que você está em um lugar melhor agora, sendo um anjinho e protegendo nossa família daí de cima! Você estava tão feliz com a sua formatura, quem te via, sentia sua felicidade transbordar. Saudades eterna, irmão!”, expressou Caio Calaça, na legenda de uma foto no Instagram.
A Associação dos Estudantes de Medicina do Tocantins emitiu nota de pesar sobre a morte e destacou as qualidades do estudante recém-formado.
“Bruno era incrivelmente inteligente, era amigo de tantos, era irmão e filho. Um rapaz carinhoso que nunca brigava. Estava sentado antes de ser atingido no peito, por um disparo efetuado por um profissional militar que, aparentemente, não estava em serviço oficial. […] Estava comemorando a sua formatura, empolgado com o futuro que tinha pela frente”.
O Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC), onde Bruno estudou também lamentou a morte. “Neste momento, nos unimos em oração à sua família e amigos para que essa perda possa ser compreendida com a esperança do conforto de Deus”.
De O Imparcial
Esse com certeza vai preso e expulso.
Não volta a vida, mas serve de consolo.