“A eleição acabou, o trabalho continua”, afirma Luciano Leitoa
O prefeito Luciano Leitoa manda um recado à oposição que, segundo ele, “quer criar um segundo turno no judiciário, com factoides e terrorismo de mídia”. Confira a seguir a entrevista concedida ao eliaslacerda.com do prefeito recém eleito para mais um mandato à frente da prefeitura de Timon.
Prefeito, qual o balanço que o Sr. faz da eleição municipal?
A sociedade timonense compreendeu que o trabalho que estamos fazendo tem um alcance que vai muito além da disputa eleitoral. Nós não trabalhamos com o calendário das eleições, mas com as necessidades e as possibilidades de transformar Timon para melhor. Por isso baseamos nossa campanha no conceito Timon de Verdade, e procuramos mostrar o que fizemos, sem esconder as dificuldades e as frustrações pelo que ainda não foi possível fazer.
Mas ainda assim não foi uma eleição tranquila, não?
Timon é uma cidade que temos que nos orgulhar da consciência cívica de quem mora aqui. Tivemos apenas 6% de abstenção, um número incrivelmente reduzido comparado à média brasileira. Portanto as eleições são sempre muito animadas, com intensa participação popular. Mas do ponto de vista de nossa estratégia de campanha estávamos conscientes de que iríamos manter uma vantagem segura. E me orgulho de ter feito uma campanha limpa, respeitando os adversários, sem partir para ataques rasteiros. Nosso foco foram os problemas da cidade e as soluções possíveis.
E da parte dos adversários?
Durante a campanha a crítica política, por mais dura que seja, deve ser respeitada. Acho que o nível foi bom, tirando um ou outro exagero que eu acho que mais nos favoreceram do que prejudicaram. Infelizmente agora, no pós campanha, a oposição não tem mantido o mesmo nível de respeito às regras da democracia e está tentando criar um segundo turno no judiciário, com factoides e terrorismo de mídia, em torno de aspectos formais da prestação de contas.
E o que há de realidade nessas denúncias?
Na verdade é bom que fique claro que a prestação final de contas ainda nem foi apresentada à Justiça Eleitoral, para análise final. A realidade é que todas as doações de minha campanha foram feitas dentro dos parâmetros da lei, com a correta identificação dos doadores. A oposição diz, por exemplo, como se fosse uma denúncia, que servidores comissionados fizeram doações. Não há nada de errado nisso, a lei permite e em todo o Brasil servidores públicos fizeram espontaneamente doações a candidatos. E é bom que fique claro que os servidores são apenas uma parcela dos doadores, que também inclui muitas pessoas sem qualquer vínculo com a Prefeitura.
Mas a oposição acusa que são milhares de irregularidades
O próprio candidato adversário, derrotado na campanha, publicou um vídeo me acusando de ter perto de três mil doações irregulares em minha campanha. O que é mais grave é que ele é advogado e espalha um absurdo desses com a intenção de tumultuar o cenário da política, para judicializar a campanha e tentar desviar o foco da derrota contundente que o povo lhe impôs.
Ele sabe que não é verdade, que esse número não corresponde a doações para a minha campanha, mas para as campanhas de todos os vereadores coligados conosco. E não se trata de valores em dinheiro, mas de doação de peças como cartazes, santinhos etc.
E em relação a doação feita por beneficiários do bolsa família?
Há milhares de casos detectados em todo o Brasil e cumpre à Justiça fazer essa triagem. O ato de doar é voluntário e é da responsabilidade do doador. Desde que o doador comprove compatibilidade de renda, não há problema nenhum. Foram quatro casos apurados, que estão sendo objeto de análise pela Justiça eleitoral mas que não tem qualquer implicação de cassação de mandato ou penalidades semelhantes. É puro terrorismo da oposição para não ter que explicar para os seus partidários o fracasso de seu projeto que foi rejeitado nas urnas.
Então o sr. está tranquilo em relação a essas denúncias?
Cem por cento tranquilo em relação aos fatos que a oposição vem alardeando. Mas eu compreendo que faz parte do direito de espernear, que é típico de quem não aceita a derrota. Veja bem, eu já perdi eleições e nunca quis criar um segundo turno nos tribunais. Essa é a mentalidade do atraso, a mentalidade de quem aplaudiu a cassação do governador Jackson Lago, que foi legitimamente eleito pelo povo do Maranhão.
Da minha parte, todas as vezes em que perdi, ao invés de espernear eu preferi recolher a tropa, cicatrizar as feridas e principalmente aprender com os erros cometidos. Eu entendo que a gente aprende mais com as derrotas do que com as vitórias.
E qual a sua mensagem para a oposição?
Minha mensagem é simples: vamos descer do palanque eleitoral, que Timon espera que todos nós trabalhemos pela cidade. É nossa obrigação, tanto do prefeito quanto dos vereadores e deputados que representam a cidade. A eleição acabou. O trabalho continua.
anônimo
Comentou em 10/10/16